Crime ocorreu em agosto deste ano. Tese de legítima defesa está sendo investigada. Polícia Civil também apura se Geraldo Batista teria tentado contra a vida de Daniel Capota
CARATINGA – Na última sexta-feira (14), a Polícia Civil prendeu Geraldo Batista Ferreira, 28 anos. No dia 16 de agosto de 2014, Geraldo matou um menor. O crime foi registrado na quadra da Associação dos Meninos Assistidos de Caratinga (AMAC), no Bairro Nossa Senhora Aparecida. Geraldo fugiu do flagrante e se apresentou posteriormente alegando legítima defesa, porém a Polícia Civil investiga essa tese e também se Geraldo atirou contra Daniel Araújo de Souza, 48, o ‘Daniel Capota’, logo após ter executado o menor.
16 DE AGOSTO DE 2014
No dia do crime, o adolescente, 16 anos, chegou e perguntou quem seria Geraldo Batista, também conhecido por ‘Geraldo Ratão’. O menor teria dito que tinha algo para resolver com Geraldo. Ao sacar o revólver, o adolescente acabou dominado e morto com três tiros. Esta sendo apurado se, em seguida, Geraldo teria tentado contra a vida de Daniel Capota.
Geraldo fugiu do flagrante e se apresentou dias depois.
INVESTIGAÇÕES
O responsável pelas investigações é o delegado Almir Lugon. Na tarde de ontem, ele falou como anda a apuração desse caso. “Estamos apresentando os resultados das investigações do homicídio ocorrido na quadra da AMAC, onde um menor foi morto. Daniel Capota mandou que esse adolescente matasse o Geraldo, mas Geraldo desarmou o menor, matando-o em seguida”.
O delegado Almir Lugon disse que a prisão de Geraldo se deu pelos seguintes motivos. “Precisamos averiguar se de fato ocorreu uma legítima defesa, se depois ele tentou contra a vida de Daniel Capota e também a motivação do crime. Todos esses itens estão sendo verificados para que possamos concluir a investigação”, ponderou Lugon.
DANIEL CAPOTA
Daniel Capota foi preso no último dia 11. Ele foi encontrado em São Sebastião do Anta, onde abriu o um bar. Quando de sua prisão, Daniel Capota, que já cumpriu pena por tráfico, alegou inocência. Na oportunidade falou que não conhece Geraldo e que tudo não passava de um equívoco. “Saí da cadeia este ano e fui morar com minha mãe. Como minha mulher estava sozinha, chamou um primo para morar com ela. Este ‘moleque’ foi tirar satisfações com Geraldo porque ele deu tiros perto da casa onde estava morando. Digo que não tenho nada com este desentendimento”, alegou Daniel Capota em entrevista concedida no dia 12 de novembro, quando foi apresentado a imprensa e ele quis contar sua versão para este fato.
Na mesma entrevista, Daniel disse que não teve desentendimento com Geraldo. “Falaram que esse desentendimento foi há três anos, mas isso é impossível. Nesta data eu estava cumprindo pena na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem”, se defendeu Daniel.
RIXA
Sobre essa possível rixa, Geraldo contou ao delegado que isso é coisa mais antiga. “Geraldo disse que Daniel matou seu sobrinho há muitos anos. Mas ele acredita que essa não teria sido a motivação de Daniel ter pedido ao menor para matá-lo. Estamos estudando qual foi essa motivação”, informou o delegado.
Uma das linhas de investigação aponta que Geraldo e Daniel estariam disputando pontos de venda de drogas.
A PC continua as investigações e o caso deve ser concluído nos próximos dias.