DA REDAÇÃO – A Polícia Civil concluiu o inquérito a respeito de um caso ocorrido no distrito de Tabajara, zona rural de Inhapim. Agnel Francisco Alves, 40 anos, Renildo Mariano Alves, 18, Francelino Mariano Alves, 22, Rafael Alves Batista, 20, Luan Carlos de Paula Alves, 27, e João Batista Alves, 41, foram indiciadas por crimes de associação criminosa, maus-tratos a animais e incitação ao crime. Dos acusados, somente Agnel está detido e já teve negado um pedido de liminar em Habeas Corpus. Já os demais indiciados são considerados foragidos e existem contra eles mandados de prisão em aberto.
O CASO
O caso ganhou repercussão nacional após a divulgação de um vídeo nas redes sociais onde um grupo de pessoas castrava dois cães. Nas cenas, alguns seguravam os cachorros pelas patas, um deles pergunta quem irá castrar o animal. Outro saca um canivete e pratica a mutilação.
Após a tortura, os cachorros Spike e Bill foram avaliados por uma veterinária e estão recebendo da tutora deles a medicação e os demais cuidados.
A ocorrência foi registrada pela Polícia Militar no dia 15 de janeiro e nessa semana, o inquérito foi concluído e enviado para a justiça. Segundo o promotor de Justiça Marcelo Magno Ferreira e Silva, da comarca de Inhapim, conforme matéria “Atuação do MPMG e das polícias Civil e Militar resultou na prisão de um dos acusados de torturar animais”, publicada no site do Ministério Público, as penas podem chegar a seis anos. Ele ressaltou que considera inaceitável alguém praticar atos de crueldade em local público, por mera diversão, e, mesmo assim, responder por crimes para os quais estão previstas penas irrisórias.
“É necessário submeter as provas ao Poder Judiciário e garantir aos envolvidos o direito ao contraditório e à ampla defesa para comprovar quais crimes foram reconhecidos pela Justiça”, destaca Marcelo Magno.
Ele reforça a importância de se denunciar os maus-tratos para que os responsáveis sejam punidos. “A ninguém é dado o direito de cometer tais delitos. As pessoas têm direito de não gostar de animais, mas têm o dever de respeitá-los. São seres vivos, que sentem fome e sede, dor e medo. Eles merecem e têm o direito de viver”.