Café I
Os estoques brasileiros de café estão nos menores patamares da história neste começo de 2016. O alerta foi feito no último relatório do Conselho Nacional do Café. O mercado não impôs novas altas aos preços, em reação à notícia na semana passada. No entanto, especialistas já apontam que 2016 vai ser o ano do café. No estado do Espírito Santo, compradores ofereceram hoje R$ 400 pela saca do café conillon para entrega imediata, conforme a Maros Corretora.
Café II
Apesar do preço que para uns é bom, não houve vendedores interessados na oferta. A situação indica a firmeza do mercado de café, na visão do analista de mercado, Marcus Magalhães. “Para 2016, um dos melhores ativos que o mercado pode segurar na carteira é o café”. A demanda está constante, os Estados Unidos estão crescendo, o presidente do Banco Central Europeu disse que não vai deixar a recessão chegar lá, esses que são os maiores consumidores de café do mundo.
Café III
Se a bolsa for melhor do que em 2015 e o dólar não ficar abaixo de R$ 4, o café em reais para 2016 vai ter um ano interessante, esclarece o diretor da Maros Corretora. O diretor do Escritório Carvalhaes afirma que o mercado está desconfiado que os estoques de café estejam baixos. Mas, ele chama atenção que os operadores só vão acreditar nisso quando começar a faltar produto. “O bom desempenho do consumo interno e das exportações em 2014 e 2015 deve ter deixado os estoques brasileiros de café bastante apertados neste início de 2016”.
Café IV
Somente no início de junho saberemos se eles deram conta das nossas necessidades para embarque e consumo interno até a entrada da nova safra 2016. Há uma situação de muito aperto para a relação entre oferta e procura. “Principalmente para o café arábica de boa qualidade.”, explica Eduardo Carvalhaes, grande exportador de café em Santos.
Política
Para quem acha que na política tudo é a mesma coisa, está errado. Há uma dinâmica que pode ser até um retrocesso, apesar das boas intenções. Em Caratinga, por exemplo, há quatro anos dois empresários resolveram emprestar seus nomes para política, no caso Ernani e Rafa, e o setor empresarial em sua grande maioria não os apoiou, preterindo ao jeito mais político, que venceu nas urnas. Após quatro anos está difícil algum empresário emprestar seu nome e sua trajetória de vida administrativa para o setor público.
Política II
Um grupo de empresários próximo ao deputado Mauro Lopes e do PMDB caratinguense, que reconhece que a cidade não teve os avanços esperados na política e na gestão pública, procura um homem de visão empresarial, popular e dinâmico, como alguns homens de passado.
Imagem do homem público
É notório o desgaste da imagem público perante a sociedade, afinal são tantos os escândalos e assim fica difícil um empresário se interessar por esse desafio. Começando dentro de casa, onde, geralmente, a família o desaconselha a se filiar em algum partido. No passado era uma questão de honradez ter um familiar ocupando o cargo de prefeito, hoje se tornou um pesadelo.
Erros
Aprender com os erros é uma grande lição. As escolhas de nossas gestões nas comunidades urbanas e rurais estão mais enraizadas num partidarismo do passado do que na análise do perfil da pessoa que disputa o pleito ou do grupo que intenciona a disputa pelo poder público.
Erros II
A certeza dos erros é proporcional na dimensão que o partidarismo se torna mais importante do que a do conhecimento, da competência, da lisura e da experiência prática dos candidatos. Levar para política a rivalidade dos campos de futebol é diferente, pois o campeonato é de 4 em 4 anos e as consequências na vidas das pessoas são bem piores que a perda de um campeonato.
Erros III
Neste ano teremos a chance, através das eleições, de avaliarmos quem serão nossos governantes. É certo que alguns merecem continuar, outros contribuíram, mas não o suficiente; outros bem que deviam retornar, pois demonstraram maior aptidão no serviço público; e outros, que pela força da lei, tem que deixar o cargo, mas tem a responsabilidade de indicar um bom sucessor. O importante é que devemos nos distanciar dos aventureiros, do contrário os erros e o atraso permearão nossa cidade e nossa região, como tantas regiões que vivem no atraso político.
Ernani
O ex-prefeito Ernani Campos Porto ainda está em silêncio sobre a possibilidade de voltar a sua quarta disputa à prefeitura de Caratinga. Com vitórias em 2000 e 2004 e derrota em 2012, há sede de seu grupo político para que ele se candidate novamente. Atualmente é grande o apoio do eleitor ao seu nome, mas Ernani percebe que sua base política é frágil e insuficiente para um embate nas eleições, num período de apenas 45 dias de campanha.
Ernani II
Tal fato parece que deixa o ex-prefeito distante de uma quarta disputa. Notícias vindas dos bastidores são que os grupos políticos vêm buscando conciliação do ex-prefeito com a liderança maior da região, que é o deputado Mauro Lopes. Há quem acredite numa aproximação do PMDB de Mauro Lopes com o PSDB de Ernani e que a presença de Ernani num palanque poderia ser como candidato ou não. É questão de entendimento, que para muitos está mais perto do ‘sim’ do que do ‘não’.
João Bosco Pessine
Já o ex-prefeito João Bosco Pessine acredita que ainda tem muito para contribuir com a cidade e está praticamente decidido internamente seu retorno à disputa pelo Partido dos Trabalhadores. JB conta com forte apoio das camadas sociais mais populares, mas tem um grupo político fragilizado. Acreditando que a união entre Mauro Lopes e Ernani é quase impossível, JB assedia determinadas alas do PMDB para repetir a dobradinha vencedora de 2008.
Marco Antônio Junqueira
O prefeito Marco Antônio Junqueira anunciou que vai à disputa em outubro, mas se em seu grupo despontar um nome que aglutine mais força política do que ele, poderia abrir mão da disputa. A preocupação é que o PMDB de Mauro Lopes, aos poucos, vai vazando pelas mãos do PTB e crescendo em articulação política pelo trabalho do próprio vice-prefeito Odiel de Souza. Apesar de ter o grupo mais forte, Marco Antônio só saberá se este grupo é fiel nas eleições de outubro. E o assédio não é pequeno.