Advogados de dois investigados recorrem à segunda instância com pedidos de Habeas Corpus
CARATINGA – Os investigados na “Operação Império” já estão há quase uma semana no presídio de Caratinga. O ex-prefeito João Bosco Pessine; a ex-secretária de Fazenda, Angelita Carla Nacife Ferreira Lelis; o advogado Fernando Antônio Maia de Araújo e o funcionário público efetivo da Prefeitura de Caratinga, Leonardo Machado Figueiredo foram presos na última quarta-feira (1°), em uma investigação promovida pelo Ministério Público, envolvendo a atuação de organização criminosa voltada para o desvio de recursos públicos.
Até então, os advogados dos réus, Vanderlei Fernandes (Angelita, João Bosco e Fernando) e Edgar Gonçalves (Leonardo) aguardavam, em 1ª instância, um parecer do juiz a respeito dos pedidos de revogação de prisão dos investigados. Procurado pela Reportagem, Vanderlei afirmou que não houve nenhuma resposta sobre o processo na Comarca de Caratinga. Já Edgar disse que não se pronunciaria sobre o assunto, a pedido da família de Leonardo.
Mas, de acordo com informações colhidas pelo DIÁRIO DE CARATINGA, advogados de Belo Horizonte entraram com os pedidos de Habeas Corpus do ex-prefeito João Bosco e de Leonardo Machado, junto à 5ª Câmara Criminal, Unidade Raja Gabaglia. Os processos deram entrada ontem na unidade, por meio dos advogados Rafael de Almeida Moura e Jayro Boy de Vasconcellos Júnior. Os autos já estão à disposição do desembargador relator, Alexandre Victor de Carvalho.
O DIÁRIO entrou em contato com o advogado que representa o ex-prefeito João Bosco. Por telefone, Rafael de Almeida confirmou que está bastante otimista e que a expectativa é de que a decisão seja proferida até o final da tarde de hoje. “O desembargador não teve pauta externa hoje (ontem), então amanhã (hoje) deve ser analisado. Estou bastante confiante, estamos usando o argumento da falta de motivação do decreto de prisão preventiva. É desnecessária a prisão, uma vez que o crime tenha sido supostamente praticado em 2012, durante sua gestão. Ou seja, não faz sentido essa prisão se ele está fora da Prefeitura atualmente”.
O advogado Jayro Boy de Vasconcellos Júnior também confirmou que aguarda um parecer do juiz, mas não deu muitos detalhes sobre o assunto.
Quanto à Angelita e Fernando, os pedidos de Habeas Corpus em segunda instância, não haviam dado entrada no sistema do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, até o fechamento desta edição.