Eugênio Maria Gomes
Não sei o que dizer do trecho da entrevista dada pelo ex-presidente Lula aos blogueiros, no dia 20 de janeiro de 2016 no Instituto que leva o seu nome, ao comentar a Operação Lava Jato: “Não existe viva alma mais honesta do que eu nesse país. Pode ter igual, mas eu duvido”. Até aqui, exceto por essa fala pandemônica – sim, trata-se de uma declaração confusa, claramente pronunciada com o intuito de causar o mal e a desordem -, e pela péssima condução da nossa economia nos últimos meses, muita coisa boa tem acontecido comigo e com os meus neste início de ano.
Logo no começo de janeiro, depois de sair de uma consulta com o dermatologista – aliás, serviços de excelência prestados pelo Dr. Daniel Genelhu e equipe – passei pelo bar do José Alves – um dos atleticanos mais gente boa que conheço – e recebi dele de presente um porta retrato contendo uma foto onde eu, ele e alguns atleticanos recepcionávamos o craque Dadá Maravilha, quando de sua vinda a Caratinga, há alguns anos. Uma bela recordação a indicar que o ano prometia.
Em relação às atividades que desenvolvo, a promessa está se cumprindo…
Em fevereiro serão lançadas duas obras, das quais participo como coautor e organizador. Em abril, outras duas, sendo uma de minha autoria e, a outra, também participo como coautor e organizador. Em julho, haverá o lançamento de um novo livro de crônicas e, no segundo semestre, a minha estreia na Literatura Infantil, com o primeiro livro da série “Maria Contando Histórias” (Na escola aprendemos a diferenciar história e estória, mas a Academia Brasileira de Letras recomenda não fazer mais esta distinção, e usar história para todos os sentidos). Além disso, em janeiro tive a honra de receber a medalha Monteiro Lobato de Literatura – oferecida pela Associação dos Escritores de Angra dos Reis, em parceria com a Editora Mágico de Oz – e, no próximo dia 27, receberei em Ouro Preto – em um evento promovido pela Literarte e Prefeitura de Ouro Preto – o troféu Melhores do Ano, no gênero “Biografias”, com o livro O Filho de Maria, que conta a história de vida do nosso querido Monsenhor Raul Motta de Oliveira.
No início de fevereiro tive a oportunidade de ministrar palestra para um grupo de educadores muito seletos, na cidade de Entre Folhas e, na próxima semana, volto à sala de aula no curso de Administração e na turma de MBA em Gestão de Negócios. Fui entrevistado pelo competente Edilson da TV A Semana e participei com irmãos maçons de uma matéria sobre o quarto volume da obra “Obreiros do Conhecimento”, no Super Canal TV.
Foi no âmbito pessoal, porém, que me aconteceram coisas muito boas: passei alguns dias sozinho com o meu filho João; visitamos juntos meus filhos que moram em Natal; andei de Paramotor pela primeira vez e reencontramos juntos amigos no Rio de Janeiro. Fiz a “Tarde do Pijama” com as crianças; recebi a primeira mensagem da Maria Eugenia no whatsapp; ouvi o Miguel falar “vovô”; senti minha neta Gabi mexer na barriga da mamãe; ganhei da minha afilhada Melissa o “Bênção padrinho Eugênio”, visitei a amiga D. Miriam Mangeli e encontrei com a mãe Agripina na rua, em sua rápida passagem por Caratinga. Namorei, beijei bastante (que beijo!) e caminho a passos firmes para a aposentadoria definitiva em minha atuação na Administração, na esperança de que este seja o propósito de Deus para a minha vida.
Muitas outras coisas boas aconteceram e estão acontecendo e eu aqui, como se estivesse escrevendo um diário, enchendo linguiça neste pedaço de papel, tomando o seu tempo, o de uma leitora assídua e especial – D. Neuza, mãe da repórter Paula Lanes – e o espaço que me foi reservado pelo amigo editor José Horta, tentando não chamar o senhor Lula de Cara de Pau, de medonho ou coisa pior. Como é que este senhor, envolvido até o pescoço nas “maracutaias” que ele tanto atacou, tem a coragem de nos colocar no mesmo balaio de sua laia? Enquanto a frase dita por ele se situou, apenas, na órbita das “Vivas almas”, entendi que se tratava tão somente de uma construção frasal esquisita, como tantas outras que ele já pronunciou e pronuncia, sempre bem copiado por sua discípula Dilma. Agora, dizer que também duvida que exista alguém tão honesto como ele é fazer muito pouco de todos nós, ou então, o que não é de todo improvável, talvez ele desconheça o verdadeiro significado da virtude da Honestidade!
Não, eu não vou me enveredar nessa conversa atrofiada proferida por este mentecapto senhor… Pelo menos não neste texto.
O ano está, apenas, começando… Temos tempo!
- Eugênio Maria Gomes é professor e pró-reitor de Administração da Unec. Escritor, membros das Academias de Letras de Caratinga e Teófilo Otoni.