Manifestação na COP30

A pedido da Organização das Nações Unidas (ONU), a Polícia Federal vai abrir um inquérito para investigar a manifestação ocorrida nesta terça-feira (11) durante a Conferência do Clima (COP30), em Belém. O episódio gerou tumulto e deixou quatro seguranças da ONU feridos.

De acordo com informações oficiais, o grupo de manifestantes — composto por indígenas, estudantes e representantes de movimentos sociais — conseguiu ultrapassar as portas do pavilhão principal, na chamada Blue Zone, área de acesso restrito a delegações e representantes oficiais. Durante o avanço, portas foram quebradas e equipamentos de raio-X destruídos.

Os seguranças da ONU conseguiram conter a maior parte dos invasores, mas agentes da Polícia Federal precisaram entrar no pavilhão para auxiliar na dispersão. Após o incidente, integrantes do governo brasileiro, da ONU e da própria PF realizaram uma reunião de emergência na noite de terça-feira (11) para revisar os protocolos de segurança do evento.

Por precaução, os portões da COP30 abriram mais tarde nesta quarta-feira (12), com reforço policial e medidas de controle mais rígidas. Agentes da PF permaneceram no local até a madrugada, realizando perícia e coletando imagens das câmeras de segurança. A entrada de trabalhadores noturnos foi adiada para não interferir nas investigações.

A invasão teria sido promovida por uma parcela dos participantes da Marcha Global Saúde e Clima, que reuniu cerca de 3 mil pessoas nas ruas de Belém. Os manifestantes empunhavam bandeiras contra a exploração de petróleo e em apoio à Palestina, além de entoar palavras de ordem pedindo a taxação dos mais ricos.

A ONU confirmou que também abrirá uma investigação interna para apurar o episódio e as falhas na segurança do evento.

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