Onze recém-nascidos receberam antídoto para picada de cobra no lugar da vacina de hepatite B no Hospital Santa Cruz de Canoinhas, uma das maiores cidades no Norte de Santa Catarina. Os bebês não apresentaram reações e seguem sendo acompanhados pelo município.
Os casos ocorrem entre quarta (9) e sexta-feira (11) e a situação foi confirmada pelo município nesta terça-feira (15). Em nota, o hospital, que é filantrópico e tem convênio com o município, afirmou que apura o caso por meio de uma sindicância interna.
“Reforçamos que, nenhuma reação adversa foi identificada nos recém-nascidos, os quais não estão internados, permanecem estáveis e sob acompanhamento, estando todas a famílias sendo acompanhadas por nossa equipe que está seguindo todos os protocolos de segurança dos pacientes”, disse o hospital.
Os bebês receberam a aplicação inadequada de um medicamento chamado de imunoglobulina heteróloga, conhecido também como soro antibotrópico. A substância é usada, contra picada de jararaca, informou o município.
Diretora do hospital, Karin Adur afirmou ao g1 que os rótulos das duas medicações são do mesmo laboratório e, por isso, o soro teria sido colocado no lugar errado. A profissional destacou ainda que a dose aplicada nos bebês foi muito pequena, de 0,5 ml, o que representa risco muito pequeno.
A Secretaria de Saúde de Canoinhas informou ainda que foi comunicada do caso na segunda (14) pela Regional de Saúde de Mafra, na mesma região, e que as famílias dos bebês foram avisadas. Agora, os recém-nascidos serão acompanhados pela equipe da Vigilância Epidemiológica.
Após o caso ser divulgado, a prefeita Juliana Maciel afirmou que parte dos atendimentos do Hospital são feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e o município repassa cerca de R$ 1 milhão ao mês para custear os atendimentos. A gestora disse que pretende contratar uma auditoria para apurar o caso.