Agronegócio mineiro responde por 22% do PIB do Estado e soma 1.200 novas vagas com carteira em 2023

Diversidade, qualidade da produção e geração de 1,2 mil novos postos de trabalho no último ano são indicadores positivos que marcam o Dia do Agro

DA REDAÇÃO – O agronegócio respondeu por 22% do Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais, somando R$ 205 bilhões em 2022, segundo o dado mais recente disponível. E onde tem economia aquecida, tem emprego. No último ano, o setor criou 1,2 mil novos postos de trabalho no campo, número justificado pelo bom desempenho das lavouras. Neste domingo (25/2), celebra-se o Dia do Agronegócio.
Segundo o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes, a diversidade de clima e solo, o uso crescente de tecnologias pelos produtores mineiros, e as políticas públicas executadas pelo Governo de Minas têm contribuído para o crescimento do setor.
“Programas como o Certifica Minas, que garante a qualidade dos diversos produtos agropecuários e agroindustriais, o trabalho de caracterização das regiões produtoras de queijos artesanais, o Programa de Melhoramento da Genética Bovina, as ações de divulgação dos produtos mineiros em novos mercados, a retirada da vacinação contra a febre aftosa dos rebanhos mineiros são algumas das ações executadas. Além disso, tem todo o trabalho do Sistema Estadual da Agricultura, desenvolvendo pesquisas, assistência técnica e vigilância sanitária, que se somam para a excelência desse resultado”, avalia.

Liderança
Consolidado como o maior produtor de café arábica do mundo, Minas deve produzir 27,2 milhões de sacas em 2024, com crescimento de 0,6% na comparação com a safra anterior, de acordo com a Conab. A safra mineira corresponde à metade da produção brasileira, e o estado mantém sua posição histórica de principal produtor de café do país.
Outro produto característico da produção agropecuária mineira, o leite ocupa uma posição de protagonismo ao lado do café. O estado é a principal bacia leiteira do Brasil, com uma produção anual de 9,4 bilhões de litros, o que corresponde a 27% do total nacional.
Minas também lidera o ranking nacional na produção de batata-inglesa, alho e ervilha e na criação de equinos. Está ainda entre os principais produtores de feijão, abacate, laranja, limão, sorgo, látex, cana-de-açúcar, banana, tilápia e ovos de galinha e de codornas.

De Minas para o mundo
Em uma análise setorial das exportações em Minas Gerais, o agronegócio está atrás apenas do setor minerário. Em 2023, o agro bateu recorde no volume comercializado, com o embarque de 15,6 milhões de toneladas e aumento de 13,3% em comparação a 2022. O valor alcançado foi de US$ 14,3 bilhões, respondendo por 36% do valor total das exportações mineiras. Puxados pelo café, carro-chefe do setor, os produtos mineiros foram distribuídos para 175 países.

Qualidade
E não é apenas nas commodities que o setor se destaca. A diversidade e, especialmente, a qualidade da produção mineira vêm ganhando visibilidade e reconhecimento nos mercados interno e externo.
Cafés especiais, vinhos e azeites, produzidos com tecnologia desenvolvida pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), são premiados mundo afora. Os queijos artesanais, tão importantes na cultura do mineiro, têm conquistado reconhecimento em disputas internacionais.
“Em parceria com os produtores rurais, o sistema Agricultura de Minas trabalha para que o agronegócio mineiro seja cada vez mais diversificado, conquistando novos mercados com produtos de qualidade e com valor agregado”, afirma o secretário Thales Fernandes.

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Exportações mineiras alcançam US$ 37,3 bilhões no ano e estado tem o maior superávit nacional em outubroResponsável por quase 13% das exportações brasileiras, Minas tem o melhor desempenho na balança comercial pelo segundo mês consecutivo DA REDAÇÃO – Com o aumento de parceiros comerciais, Minas Gerais encerrou os dez primeiros meses deste ano com US$ 37,3 bilhões em exportações. O valor representa um crescimento de 5,3% em relação ao mesmo período de 2024. O estado foi responsável por 12,9% das comercializações nacionais, sendo o terceiro maior exportador no acumulado de 2025. No mesmo período, o saldo da balança comercial alcançou superávit de US$ 21,9 bilhões. Até outubro, as importações somaram US$ 15,4 bilhões, um crescimento de 9,1% em comparação ao mesmo período de 2024. Minas segue sendo o quinto principal importador brasileiro. Ainda segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Minas Gerais registrou o terceiro maior fluxo comercial do Brasil (US$ 52,7 bilhões). O valor representa um crescimento de 6,4% ao do ano anterior. “Os resultados reforçam que estamos no caminho certo para encerrar 2025 com números maiores do que foi registrado em 2024. Isso reflete o fortalecimento de Minas como ator importante no comércio exterior, que se deve ao apoio do Governo do Estado aos empreendedores mineiros”, afirma a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG), Mila Corrêa da Costa. Café, ouro e veículos impulsionam Entre os produtos exportados no ano, as vendas de café aumentaram em US$ 2,7 bilhões, um aumento de 44,6% frente aos dez primeiros meses de 2024. Na sequência, vem o ouro com US$ 1,2 bilhões (72,6%) e os veículos com US$ 248,6 milhões (89,6%). No ano, Minas exportou seus produtos para dez países a mais do que em 2024, reforçando o potencial do estado em alcançar novos parceiros comerciais. No período, houve crescimento das exportações para 105 mercados, dentre os quais o Canadá registrou o maior valor e percentual (US$ 582 milhões e 66,8%). Em seguida, vem a Argentina (US$ 490,3 milhões e 39,4%); o Reino Unido (US$ 420,8 milhões e 77,4%); o Japão (US$ 237,1 milhões e 26,0%) e a Itália (US$ 232,4 milhões e 31,9%). Maior estado superavitário do Brasil Somente em outubro, Minas somou US$ 4,2 bilhões em exportações, com alta de 12,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior, sendo o segundo maior exportador brasileiro no período. Novamente, o estado registrou o maior superávit do Brasil (US$ 2,5 bilhões), pelo segundo mês consecutivo, assim como em setembro. Entre os principais produtos exportados em outubro, o café também foi o produto mais relevante, representando 28,4% da pauta exportadora mineira, seguido dos minérios de ferro e seus concentrados (26,2%); ouro (7,2%); açúcares (4,9%) e ferro-ligas (4,8%). Minas também foi o maior exportador brasileiro de carboneto de silício (US$ 2,4 milhões); tijolos, placas (lajes), ladrilhos e peças cerâmicas semelhantes (US$ 2,3 milhões); medicamentos (US$ 2,3 milhões); e queijos e requeijão (US$ 430,2 mil). Varginha foi a principal cidade exportadora em outubro, com participação de 8,2% nas vendas mineiras para o exterior, seguida por Guaxupé (7,2%), Nova Lima (5,3%), Paracatu (5,3%) e Araxá (4,9%). Lideram nas importações No décimo mês de 2025, as compras internacionais somaram US$ 1,7 bilhão. As principais mercadorias adquiridas foram: automóveis de passageiros (5,7%); adubos (fertilizantes) azotados (4,1%); hulhas (3,6%); veículos automóveis para transporte de mercadorias (3,3%) e partes de tratores e veículos de uso especial (3,3%). Betim liderou nas importações entre os municípios importadores, com percentual de 17,2%. Na sequência vem Extrema (12,8%), Uberaba (12,0%), Pouso Alegre (5,7%) e Belo Horizonte (5,1%).