Para os que vivem em guerra — por fora ou por dentro
– Como foi seu Dia das Mães? Que tenha sido pleno em todos os bons sentidos: muita alegria, gratidão, surpresas, e mais surpresas. Parabéns – também a você que estava triste, e recolhida. A homenagem é para você também – VEJA:
Pois, algumas mães acordam no campo de batalha.
Como assim?
Não há tiros nem granadas, mas há contas vencidas, gritos no corredor, diagnósticos difíceis, filhos em crise, maridos ausentes, vizinhos intolerantes.
E outras enfrentam a guerra dentro de si — ansiedade, culpa, memórias que doem.
Mesmo assim, vestem-se de paz. Sim – sou testemunha de tudo isso também!
Essa paz não é um dom automático, mas uma construção diária.
Essa paz é a DECISÃO de não devolver no mesmo tom. De RESPIRAR FUNDO quando o dia começa torto. De NÃO DEIXAR QUE A RAIVA DO MUNDO VIRE REGRA DENTRO DE CASA.
Ela sabe que a PAZ não é ausência de conflito, mas PRESENÇA DE PROPÓSITO. Por isso, sua voz se abaixa quando tudo grita. Sua mão afaga quando tudo empurra. Sua fé segura o caos pela mão e o chama de filho. E nós, só podemos dizer: Que coisa maravilhosa!
Essa mãe não apenas sobrevive à guerra — ela planta flores no campo minado. Ensina seus filhos que há esperança. Que vale a pena respirar fundo, pedir perdão, esperar o novo dia. Ela é trégua no caos. É oração em forma de gente.
E não pense que ela não sente medo. Ela sente. Mas não se rende. Coloca o avental por cima das cicatrizes, e com um sorriso que às vezes é forçado, segue. Não porque a vida esteja fácil, mas porque ela já decidiu: sua casa será abrigo, não trincheira.
Ela ensina com o olhar, com o exemplo, com a escolha de voltar ao abraço mesmo depois de um dia difícil. Essa paz não é barata — ela custa silêncio, renúncia, oração. Mas vale cada centavo da alma.
Se sua vida parece um campo de guerra, lembre-se: cada ato de ternura é um ato de resistência. E uma mãe assim não passa despercebida diante de Deus.
Rev. Rudi A. Kruger – Faculdade Uriel de Almeida Leitão, Doctum –
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