Marcus Gumercino é acusado de cometer pelo menos quatro homicídios
CARATINGA – Marcos Gumercino Nascimento, o “Marquinhos Gogó”, acusado de uma série de crimes praticados num período de 20 dias, durante o mês de dezembro de 2014, na Comunidade Santa Isabel, teve autorizado tratamento ambulatorial domiciliar.
Após laudo do IML concluindo pela abolição das capacidades de entendimento e de determinação em relação aos fatos e em conexão com eles em decorrência de quadro psicotiforme, considerado como doença mental do ponto de vista da psiquiatria forense.
Marquinhos Gogó teve convertida a pena privativa de liberdade em medida de segurança, impondo internação pelo prazo mínimo de três anos, podendo este ser prorrogado, se atestada a necessidade clínica, para tratamento adequado.
Por falta de vaga em hospital psiquiátrico ele foi colocado em tratamento ambulatorial domiciliar.
RELEMBRE O CASO
Gogó foi submetido pela primeira vez ao Tribunal do Júri em junho de 2016, quando foi condenado a 18 anos e oito meses de prisão pela morte de Nelson Teodoro da Silva; acrescidos de dois anos por porte ilegal de arma de fogo. Nelson foi assassinado com quatro tiros a poucos metros de sua casa, no dia 22 de dezembro de 2014.
Sentou-se pela segunda vez no banco dos réus em março de 2017, quando por ter sido diagnosticado com transtornos psiquiátricos foi considerado inimputável para a acusação de homicídio contra Diego Batista Dias, o ‘Dieguinho’, que ocorreu no dia 13 de dezembro do mesmo ano. Ele foi assassinado com cinco disparos de arma de fogo, por volta das 22h, na Rua João Isabel da Silva, bairro Esperança.
O conselho de sentença, o juiz e o Ministério Público se basearam no laudo dos médicos peritos nomeados pelo próprio Poder Judiciário, que consideraram que Gogó é portador de doença psicotiforme grave em conexão com os fatos, ou seja, “havia incapacidade de entendimento e de determinação em relação aos fatos dos autos”. Na sentença, o magistrado aplicou a chamada “absolvição imprópria”, em que reconhece que o crime foi cometido, mas o autor é inimputável. Por isso, foi aplicada medida de segurança de internação para o mínimo de três anos, que é reavaliada anualmente.
E pela terceira vez, o ‘Marquinhos Gogó’ foi submetido a julgamento popular perante o Tribunal do Júri de Caratinga no dia 25 de outubro de 2018, acusado de participação no homicídio de Wilson Felipe Alves, vulgo “Amigão”. O crime aconteceu no dia 11 de dezembro de 2014, na Rua Coronel Chiquinho, Morro da Antena.
Marquinhos Gogó ainda é suspeito pela morte do locutor Silvio Carlos de Sousa, que levou dois tiros durante a festa de natal do Bairro Doutor Eduardo, no dia 21 de dezembro de 2014.