Após dois anos, Caratinga volta a ter superávit nas admissões. Já o Brasil fechou 20,8 mil vagas de trabalho formal em 2017
DA REDAÇÃO – O Brasil fechou 20.832 vagas de trabalho formal em 2017, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados na sexta-feira (26) pelo Ministério do Trabalho. O número representa redução de 0,05% em relação ao estoque de 2016, quando foram fechadas 1.326.558 vagas. Esse foi o terceiro ano consecutivo de saldo negativo. Em 2015, houve queda de 1.534.989 vagas. Já Caratinga registrou salto positivo na geração de emprego, com 347 postos de trabalho. Em 2017, foram 6.697 admissões e 6.350 desligamentos. O município não apresentava saldo positivo nesse quesito desde 2014
Brasil
Para o Ministério do Trabalho, o resultado de 2017 significa estabilidade do emprego no país. “É um resultado que veio dentro das expectativas. Todas as estimativas de mercado apontavam para algo próximo da estabilidade no emprego”, avaliou o coordenador-geral de Estatística do ministério, Mário Magalhães.
De acordo com os dados, as contratações, no ano passado, totalizaram 14.635.899, e as demissões, 14.656.731. Apenas em dezembro, 328.539 postos de trabalho formal foram fechados – queda de 0,85% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os números do Caged 2017 já incluem contratos firmados sob novas modalidades previstas na reforma trabalhista, como a jornada parcial e a jornada intermitente. Foram, ao todo, 2.851 admissões para trabalho intermitente no mês de dezembro e 227 desligamentos. Em relação ao trabalho parcial, foram 2.328 admissões e 3.332 desligamentos, no mesmo período. O saldo foi de queda de 1.004 empregos.
Setores de atividade
Segundo o levantamento, o comércio liderou a geração de empregos, com saldo positivo de 40.087 novos postos de trabalho. Em 2016 e 2015, houve perda de 197.495 e 212.756 vagas, respectivamente.
A agropecuária encerrou o ano de 2017 com saldo positivo de 37.004 postos. No ano anterior, o resultado foi negativo de 14.193 postos.
O setor de serviços registrou saldo positivo de 36.945 postos, interrompendo tendência de queda observada em 2016 e 2015 (392.574 e 267.927, respectivamente).
Na construção civil, o ano foi encerrado com saldo negativo de 103.968 vagas, ante quedas de 361.874 e 416.689 identificadas em 2016 e 2015.
No setor de indústria da transformação, houve redução de 19.900 postos, retração menor que a observada nos dois anos anteriores (324.150, em 2016, e 612.209 em 2015).
Regiões
O Centro-Oeste e o Sul do país apresentaram saldo positivo de emprego, da ordem de 36.823 e 33.395 vagas, respectivamente, ante resultados negativos de 66.410, em 2016, e 64.887, em 2015, no Centro-Oeste e 147.191 em 2016 e 229.042 em 2015 no Sul.
Já as demais regiões do Brasil apresentaram saldo negativo, sendo o Sudeste com 76.600 postos, o Nordeste com 14.424 vagas e o Norte com 26 vagas. Nos anos de 2016 e 2015, os saldos negativos foram de 791.309 e 892.689, no Sudeste; 242.659 e 251.260 no Nordeste e 78.989 e 97.111 no Norte.
Caratinga
O último ano que Caratinga tinha apresentado saldo positivo na geração de emprego havia sido 2014, com superávit de 366 vagas, quando aconteceram 8.138 contratações e 7.772 demissões. Os anos seguintes foram marcados por maior número de dispensa de funcionários. Em 2015, foram 6.942 admissões e 7.728 desligamentos (-336). Cenário repetido em 2016, com déficit de 144 vagas, período em que as admissões chegaram a 5.908, enquanto as dispensas atingiram 6.052. Porém, em 2017 esse panorama foi invertido, com 6.697 admissões e 6.350 desligamentos, saldo de 347 vagas.
O setor de Serviços foi o que apresentou maior movimentação, pois ocorreram 2.317 contratações diante de 1.994 desligamentos, saldo de 323 postos de trabalho. Comércio também teve grande movimentação, mas com saldo negativo (-34). Nos últimos doze meses esse setor contou com 2.048 admissões e 2.082 demissões.
O setor de Agropecuária, Extração Vegetal, Caça e Pesca, onde está inserida a cafeicultura, também demonstrou saldo negativo (-54), com 1.035 admissões e 1.089 demissões. A Construção Civil foi um segmento que contrariou a tendência nacional, com 556 contrações e 498 desligamentos, saldo de 58 postos de trabalho. Mesmo assim, ficou atrás da Indústria de Transformação, que contou 615 registros em carteira, contra 542 dispensas, superávit de 73 vagas.
A seguir, todos os dados do Caged referentes à Caratinga no ano de 2017.