BOM JESUS DO GALHO – Durante toda a semana, criou-se enorme expectativa em torno do primeiro jogo da decisão do Regional 2015 entre Limoeiro e Caratinga. O estádio Mário Tristão em Bom Jesus do Galho recebeu um ótimo público para o confronto. Torcidas organizadas e charanga dos dois lados deram o tom da festa.
Dentro de campo, a expectativa de um jogo equilibrado e de muita marcação se confirmou desde o primeiro minuto. O Limão Doido repetiu a mesma escalação que havia vencido a Amatonense por 3 a 1 no segundo jogo da semifinal. Pelo lado do Dragão, o técnico Clayton mexeu no time que havia vencido o Santa Cruz também pela semifinal. Com a bola rolando, o Limoeiro tentava controlar o meio campo e manter a posse de bola. Já o rubro-negro se protegia bem e evitava soltar muito seus volantes. Assim o time verde ficava mais com a bola. Porém, não criou tantas oportunidades no primeiro tempo que exigisse grandes defesas do goleiro caratinguense. Por outro lado, o Caratinga também errava o último passe e o arqueiro Goiaba, a exemplo de Rodrigo Posso, não foi tão exigido.
O placar de zero a zero na etapa inicial parece não ter desagradado os técnicos. Afinal, voltaram para o segundo tempo com os mesmos onze jogadores. Entretanto, a postura do Limão foi ainda mais ofensiva. Webert Corrêa adiantou suas linhas, tentou pressionar o adversário e começou melhor o segundo tempo. Numa dessas jogadas, o lateral André recebeu dentro da área, quando armou pra finalizar o zagueiro Wilson chegou prensando. O lateral do Limoeiro caiu pedindo pênalti. O árbitro mandou o lance seguir para revolta do banco e torcida do Limão Doido. O jogo continuou muito pegado e com jogadas ríspidas dos dois lados. Numa desses lances, aos 48 minutos, Michel, que havia entrado no lugar de Vinícius no time verde, chutou Rerinho no chão que também havia entrado no lugar de Rogério. Foi o suficiente para o tempo fechar ainda mais. Todo o time do Caratinga correu pra cima de Michel que acabou sendo expulso e agredido por um torcedor rubro-negro pelo alambrado. Revoltados, jogadores do Limão partiram pra cima do árbitro. O prejuízo foi ainda maior. Wesley também recebeu cartão vermelho na confusão. Assim que a PM entrou em campo, o árbitro Marcial Alves encerrou o jogo.
Limoeiro: Goiaba, Felipe (Rominho), Daniel, Cabecinha, André, Wesley, Edson, Neguinho, Gil, Vinícius (Michel), Thiago (Juninho). Técnico: Beto
Caratinga: Rodrigo Posso, Leco, Wilson, Tico (Kim), Cleuber, Xandinho, George (Alemão), Leozinho, Rogério (Rerinho), Parrão (Silas), Caíque. Técnico: Clayton Lopes
Arbitragem: Marcial Alves foi o árbitro central, auxiliado por Vilson Fonseca e Geraldo da Silva Sá. O trio vindo da Liga de Ipatinga teve muito trabalho. Mesmo com boa postura e acompanhando os lances de perto, o árbitro deixou as rédeas soltas demais para uma final que já conta com uma rivalidade. Normalmente numa jogo assim, os árbitro apitam até pensamento. Marcial Alves assumiu o risco de deixar o jogo correr logo de início. Além disso, mesmo com algumas jogadas mais fortes, evitou até mesmo a advertência verbal. Demorou a aplicar o cartão amarelo para coibir a violência. Opinião quase unânime dos colegas e nas arquibancadas, deixou de dar um pênalti a favor do Limoeiro. “Resumo da ópera”: tivemos arbitragem melhores ao longo do campeonato. Mesmo assim, não da para atribuir somente a ele as confusões ao final do jogo. Os jogadores são os maiores culpados.
Rogério Silva