JOÃO (cap. 10)
“O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.”
Quando lemos e pesquisamos sobre gestão de tempo e produtividade, tomamos conhecimento sobre os resultados alcançados por diversas pessoas que mudaram suas vidas com a aplicação de várias técnicas e alterações comportamentais, vindo a alcançar resultados significativos.
Hoje, entretanto, gostaria de falar daquele que simplesmente, mesmo depois de não estar entre os vivos fisicamente, conseguiu fazer com que seu sonho alcançasse quase toda a humanidade por mais de dois mil anos, transformando e quebrando paradigmas, levando o mundo ocidental a uma nova visão de vida, conforme os fundamentos por Ele disseminado.
O mais interessante é que este homem teve um período de aproximadamente três anos apenas para a implantação desse audacioso projeto e apesar de ter falado com centenas de pessoas, treinou apenas doze, trazendo-os para junto de si, mostrando-lhes na prática o que queria que dessem seguimento, nos esclarecendo princípios de delegação de tarefas no mais alto nível, sobre a qual falaremos em artigos posteriores.
Uma pessoa que causou e tem causado impacto tão profundo na humanidade até os dias atuais, certamente tem muito a nos ensinar sobre produtividade, por isso nos deteremos em algumas ações que Jesus “o Cristo” implementou durante seu ministério.
O primeiro ponto que gostaria de destacar é que, conforme observamos no texto em destaque no início deste artigo, Jesus tinha um motivo para a realização de seu projeto e foi o motivo que o levou inclusive a pagar com a própria vida, para que seu empreendimento obtivesse um sucesso atemporal. Jesus sabia claramente o motivo de sua existência e qual seria sua missão aqui na terra e isso fez com que seu sucesso independesse de pequenas derrotas.
Esse princípio pode ser real ainda hoje em nossas vidas, e a descoberta de nossa missão pode nos levar a uma motivação genuína e perene, que nos faz enxergar cada barreira que surja em nossos caminhos como apenas pequenos obstáculos a serem transpostos, pois o que realmente importa é estarmos executando a missão para a qual existimos.
O fato de sabermos claramente nossa missão de vida, nos faz alinhar valores e metas que nos colocam na direção mais acertada rumo ao objetivo almejado. Cristo direcionou todos os seus esforços para o que realmente importava, deixando de lado possíveis desperdícios de tempo gerados por vaidades e status oferecidos a Ele pelo próprio povo que o crucificou.
Nos dias atuais podemos tirar proveito desse princípio, em se tratando de escolha profissional, da seguinte forma: imaginemos que descobrimos como nossa missão, a tarefa de gerir pessoas e direcioná-las a realizarem ações de forma eficiente e eficaz, o que nos levaria então a usar como ferramentas diversos cursos que nos facilitariam atingir o alvo, dentre eles uma faculdade de administração por exemplo. Logo, a faculdade deixaria de ser um fim em si mesma e passaria a ser apenas um meio para realizar o que nascemos para fazer.
Seguindo essa linha de raciocínio, diminuiríamos a possibilidade de iniciar um curso e não concluirmos, por descobrirmos que não gostamos dessa ou daquela matéria ou simplesmente porque percebemos que não é isso que gostaríamos de fazer o resto da vida, nos causando uma grande perda de tempo.
Portanto faça como Cristo, descubra sua missão e não hesite em cumpri-la completamente, envidando todos os esforços para que ela saia da imaginação para o mundo palpável, buscando os subterfúgios necessários para sua concretização, descartando o simples status, pois este pode te fazer perder tempo, tendo como resultado a lembrança de seus atos em gerações futuras.