CARATINGA – Saber lidar bem com as próprias emoções em determinados momentos é uma capacidade cada vez mais valorizada na vida e no mercado de trabalho. A chamada inteligência emocional é especialmente necessária em algumas profissões, como na área da saúde. Pensando nisso, o Centro Universitário de Caratinga (UNEC), por meio do Instituto de Ciências da Saúde (Incisa), organizou no último dia 18 uma palestra com esse tema para os acadêmicos. A atividade faz parte da programação de início do ano letivo de 2019.
A apresentação foi ministrada por Renata Torres e Alexandre Alvarenga, especialistas em programação neurolinguística. Eles explicaram para o público o que é a inteligência emocional e como ela influencia diretamente no desenvolvimento das habilidades humanas. “Existe uma diferença entre o quociente inteligência, QI, e o quociente emocional, QE. O QI mostra sua capacidade de fazer escolhas certas no momento certo, já o QE se refere à capacidade de lidar com as dificuldades do dia a dia. Quando a pessoa se conhece, tem mais facilidade para superar as situações adversas e pode descobrir potenciais que nem imaginava que tinha. Isso interfere nos relacionamentos pessoais, no ambiente de trabalho e nos estudos”, ensina Renata Torres.
Para Alexandre Alvarenga, desenvolver a inteligência emocional pode ser um fator determinante na carreira e mesmo no estado de saúde. “O ser humano é um ser físico, espiritual e psíquico-emocional. Normalmente as pessoas buscam a capacitação técnica para cuidar da parte material, do físico. Mas hoje sabemos que uma imensa parte das doenças vem do psiquismo, são somatizadas”, afirma.
Para o coordenador do curso de Enfermagem, Wendel Costa, o assunto enriquece muito os conhecimentos dos futuros profissionais de saúde. “Inteligência emocional é imprescindível para qualquer pessoa, mas na nossa área é ainda mais. Eles precisam lidar com os próprios sentimentos para agir em situações difíceis”, comenta. A aluna Bárbara Gabriela Barbosa, que está no sétimo período do curso, acredita que, além dessas características, é necessário ter responsabilidade com o estado emocional do outro. “Independente do momento e da rede de atenção à saúde em que o paciente está, a inteligência emocional embasa o nosso cuidado com ele. Antes de tudo, nós devemos ver o paciente não apenas na sua doença e sim como um todo, tratá-lo como um todo”, declara.