Os contratos de café na bolsa em Nova Iorque trabalharam em queda forte na última semana. As razões da queda são as mesmas que vêm derrubando as cotações desses contratos nas últimas semanas. As chuvas que caíram neste mês de outubro sobre os cafezais brasileiros trazem aos operadores em Nova Iorque a expectativa de uma safra grande de café no próximo ano.
Causas
Essa expectativa, mais o volume dos embarques brasileiros de café em setembro último, e, a aproximação da entrada no mercado das safras da Colômbia e América Central, levam os compradores de café a retardarem novas compras, aguardando um quadro mais claro da oferta de café.
Causas II
Também as dificuldades econômicas nos EUA e na Europa, com inflação e juros em alta, mais o confuso e preocupante quadro político e econômico no mundo, resultante da invasão da Ucrânia pela Rússia, levam os operadores internacionais a agirem com cautela, observando o comportamento do consumo de café no hemisfério norte nos próximos meses e o desenvolvimento da próxima safra brasileira de café. Esse cenário vem derrubando com força as cotações do café na ICE em Nova Iorque.
Analistas
Analistas do setor comentam que até o momento não temos queda no consumo mundial de café, e observando a atual safra brasileira de café arábica, que quebrou acima do que era esperado no início dos trabalhos de colheita, assim se há preocupação, não há motivo para tal.
Fundação Procafé
A instituição de apoio a cafeicultura, atualizou na semana passada sua análise das condições dos cafezais brasileiros de arábica para a próxima safra 2023. Alysson Fagundes, engenheiro agrônomo da Fundação, informou que a última florada em nossos cafezais, a principal para a safra 2023, não registrou um pegamento ideal, com exceção das áreas irrigadas. Acrescentou que a recuperação no arábica não deve acontecer na intensidade que era esperada anteriormente pelos cafeicultores, e seu desempenho será inferior ao projetado pelo mercado.
Sinuca de bico
Os cafeicultores estão na verdadeira sinuca de bico. Com a produção deste ano bem menor que a estimada e os custos de produção em alta, entregaram parte de sua produção 2022, negociada um, dois e até 3 anos atrás, a preços, que agora na entrega, em agosto e setembro últimos, ficaram bem abaixo do custo de produção. Neste quadro, resistem em vender o que restou da colheita 2022 nas bases de preço oferecidas pelos compradores após a queda das cotações do café na bolsa em Nova Iorque. Sabem que se venderem nos preços oferecidos, aumentarão e consolidarão o prejuízo, ficando sem recursos para manterem seus cafezais até a próxima safra.
Custos ultrapassam ao atual preço
Dia após dia, semana após semana, os compradores repassam as quedas na bolsa em Nova Iorque para suas ofertas no mercado físico brasileiro, na expectativa que os cafeicultores brasileiros aceitem vender nesses preços, apesar de terem produzido bem menos café e a custos bem mais altos do que imaginavam. Nos últimos dois anos, subiram forte os preços do combustível, da energia, dos fertilizantes, dos defensivos, da mão de obra e de máquinas para colheita e benefício.
Preços derretem
Os contratos de café na bolsa em Nova Iorque, trabalharam hoje em queda forte. Os com vencimento em dezembro próximo bateram em US$ 1,7965. Do início deste mês de outubro até dia 28, a queda acumulada foi de 5.175 pontos. Em reais por saca, esses contratos de café para dezembro próximo fecharam no dia 30 de setembro último valendo R$ 1.580,80. Sexta-feira (28/10), no fechamento, valem R$ 1.190,44, queda de 390,36 reais por saca no mês.
Queda no volume de cafés certificados
Os estoques de café certificado na bolsa, em Nova Iorque, caíram todos os dias em outubro. Sexta-feira (28/10) a queda foi de 670 sacas. Encerraram a semana em 384.795 sacas. 20% do que somavam um ano atrás, quando totalizavam 1.888.044 sacas, caindo neste período 1.503.249 sacas.
Físico
O mercado físico brasileiro de café arábica permaneceu calmo, praticamente paralisado, por toda a última semana. Os compradores diminuíram dia após dia o valor das ofertas no físico brasileiro, repassando para as ofertas as quedas na bolsa e o sobe e desce do dólar frente ao real. Nas bases de preço oferecidas não apareceram vendedores. Foram poucos os negócios fechados.
Entrega de futuros
Apesar do fraco desenvolvimento do mercado físico brasileiro nos últimos meses, para os embarques de agosto, setembro e agora em outubro, nossos exportadores contaram com os lotes de café entregues pelos cafeicultores brasileiros em cumprimento dos contratos de venda física para entrega futura, assinados há um, dois e até três anos atrás, quando nossos cafeicultores não contavam com os sérios problemas climáticos e a explosão nos preços dos principais insumos usados na produção de café.
Eleições
No domingo (30/10) a equipe do DIÁRIO se envolveu em levar para Caratinga e região as apurações das eleições presidenciais de 2022. Os internautas puderam acompanhar no Facebook, Instagram e YouTube. Fizemos nosso compromisso com nosso leitor e nosso internauta. A participação de pessoas de várias localidades da região, do estado, do país e também no exterior só mostra o quanto a transmissão foi vista.
Eleições II
Na cobertura do DIÁRIO, além da equipe de jornalistas, participaram José Raimundo, líder dos caminhoneiros do Leste de Minas, que é pró Bolsonaro; e a vereadora petista Giuliane Quintino, obviamente apoiadora de Lula. Os participantes deram as visões deles como militantes e lideranças locais dos principais fatos debatidos pelos candidatos.
Deu Lula
O ex-presidente Lula do PT venceu as eleições com mais de 60,3 milhões de votos superando atual presidente Jair Bolsonaro, que recebeu 58,2 milhões de votos. Foi uma das eleições mais apertadas da história brasileira ao ponto que até o final dessa edição o atual presidente não tinha reconhecido oficialmente a vitória de Lula. Porém, até assessores de Bolsonaro esperam que ele faça em breve.
E o Zema???
Aqui em Minas Gerais o presidente Lula obteve 6,19 milhões de votos contra o presidente Bolsonaro que obteve 6,14 milhões de votos. Diferença foi de apenas 49.650 votos a favor de Lula. No primeiro turno Lula teve 5,80 milhões de votos e Bolsonaro 5,24 milhões de votos.
Diferenças
Lula subiu do primeiro turno para o segundo turno 388 mil votos, enquanto que Bolsonaro subiu 902 mil votos em Minas. No segundo turno o governador conseguiu influenciar mais de 513 mil votos de diferença a favor de Bolsonaro, mas não foi ainda suficiente para vencer em Minas. Aí continua a premissa de quem vence em Minas, vence no Brasil.
Caratinga
O prefeito Dr. Welington intensificou a disputa no segundo turno das eleições na santa terrinha do São João do Caratinga. Se no primeiro turno seu candidato Bolsonaro venceu por 1.377 votos; no segundo turno a diferença foi 3.760 votos. Se o governador pediu os trabalhos dos prefeitos para Bolsonaro no segundo turno, em Caratinga Welington conseguiu agregar 273% a mais a diferença do primeiro para o segundo turno.
Distritos
Se em Caratinga o presidente Lula venceu em oito distritos no primeiro turno, no segundo turno a vitória de Lula foi em cinco distritos, sendo eles: Sapucaia, Santo Antônio do Manhuaçu, São João do Jacutinga, Cordeiro de Minas e Dom Modesto. Sendo que Lula ganhou na área rural de Caratinga com diferença 1.043 votos no primeiro turno e no segundo turno a diferença de 433 votos.
Distritos II
Já Bolsonaro na área rural de Caratinga, virou o placar em Santa Luzia e Patrocínio e ampliou sua frente nos distritos de São Cândido e Santa Efigênia. Venceu portanto em quatro distritos da cidade.
Sapucaia
O vereador Ricardo Angola se esforçou para virar nas urnas do distrito para Bolsonaro. Se no primeiro turno ele perdeu por 42 votos, no segundo turno venceu por 48 votos. Já no total do distrito, juntando a urna de 4 Encruzilhadas e São Pedro, o resultado do distrito foi 819 pra Lula contra 719 de Bolsonaro, diferença de 100 votos a favor de Lula. O vereador venceu na rua e perdeu nos córregos.
Ricardo Angola
No entanto o esforço do vereador Ricardo não foi de todo em vão. Além de virar a vantagem nas urnas do distrito, ele conseguiu diminuir uma diferença de 218 votos no primeiro turno para 100 votos no segundo turno.
Catita
O vereador João Catita com toda sua simplicidade, conseguiu virar a votação no distrito de Santa Luzia para Bolsonaro. Se no primeiro turno Bolsonaro perdeu por 80 votos pra Lula, no segundo turno Catita conseguiu virar o placar para 80 votos de vantagem para Bolsonaro, uma virada de 160 votos. No segundo turno Bolsonaro obteve 977 votos e Lula 897 em Santa Luzia.
Santo Antônio do Manhuaçu
No distrito de Santo Antônio do Manhuaçu, o presidente Lula manteve a vitória no segundo turno obtendo 680 votos contra 435 votos de Bolsonaro, uma diferença de 245 votos pro Lula. No povoado de Suíço, que tem duas urnas, Lula venceu de 250 contra 151 votos de Bolsonaro. Só no povoado a diferença foi de 99 votos a favor de Lula.
São João do Jacutinga
Não distrito do Biscoito também Lula repetiu o feito ganhando com 467 votos contra 405 votos, diferença de 62 votos para o petista. No primeiro turno a diferença foi de 118 votos e no segundo turno caiu para 62 votos.
Patrocínio
Outro distrito que teve a virada de Bolsonaro foi Patrocínio. Bolsonaro obteve 517 votos contra 508 de Lula, diferença de 9 votos. No primeiro turno Lula venceu por uma diferença de 93 votos e agora perdeu no segundo turno por 9, virada de 102 votos no distrito.
São Cândido
No distrito de São Candido quem cantou a vitória foi o líder comunitário Adenilson, que apoiou Bolsonaro nas urnas. Lá o atual presidente Bolsonaro venceu no primeiro turno com 85 votos de frente e ampliou a vantagem para 131 votos no segundo turno. Em São Candido o resultado ficou em 608 votos para Bolsonaro contra 477 votos obtidos por Lula.
Santa Efigênia
Em Santa Efigênia, a liderança de Dete, o vereador mais votado em Caratinga nas últimas eleições, fez a diferença. No distrito, Bolsonaro ganhou mais uma vez apoiado pelo vereador com 558 votos contra 416 votos de Lula, uma diferença que foi ampliada neste domingo para 142 votos, quando que no primeiro turno foi de 95 votos, ou seja, acrescentou mais 47 votos.
Cordeiros de Minas
No distrito mais distante da sede, nas seis urnas apuradas, Lula venceu com 645 votos contra 434 votos de Bolsonaro. Apesar de ser o distrito com maior diferença de Lula sobre Bolsonaro, no segundo turno ela diminuiu de 228 votos para 211 votos.
Dom Modesto
O distrito mais próximo da sede de Caratinga, quem ganhou foi Lula. O candidato petista apoiado pela família Leitão no distrito ampliou a vantagem, que foi de 56 votos no primeiro turno subindo para 78 votos no segundo turno. No distrito, Lula obteve 343 votos e Bolsonaro 265 votos no segundo turno.
Dom Lara
No distrito de Dom Lara, Lula também venceu com 346 votos contra 247 votos de Bolsonaro. O vereador Altair Nego que apoiou Lula, conseguiu uma diferença de 99 votos, enquanto que no primeiro turno essa diferença foi de 133 votos.
Mais!!!
Amanhã tem mais com as urnas da cidade de Caratinga!!! Não percam!!!