CARATINGA- O preço dos combustíveis foi reajustado pela Petrobras nesta sexta-feira (11), que justificou que esse movimento vai “no mesmo sentido de outros fornecedores de combustíveis no Brasil que já promoveram ajustes nos seus preços de venda”.
O preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passou de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passou de R$ 2,37, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,44 por litro.
Para o diesel, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passou de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 10% de biodiesel e 90% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passou de R$ 3,25, em média, para R$ 4,06 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,81 por litro.
Em Caratinga, conforme levantamento realizado pela equipe do DIÁRIO em 10 postos de combustíveis, os valores praticados ontem variam entre R$ 7,80 e R$ 8,19.
A invasão da Rússia à Ucrânia foi fator crucial para o aumento dos preços, considerando que o cenário do conflito pressiona os preços internacionais do petróleo. A Petrobras, em sua política de preços, leva em conta os valores praticados no exterior e o dólar. O valor final do combustível nas bombas depende de impostos e das margens de lucro de distribuidoras e revendedores.
Na quinta-feira se observou um maior movimento nos postos de Caratinga, quando houve o anúncio do reajuste e alguns consumidores alegaram que os postos já estavam aumentando os preços. Já nesta sexta-feira o movimento foi bem menos intenso e pela manhã poucos veículos abasteciam nos postos de Caratinga.
A Petrobras alegou que, apesar da disparada dos preços do petróleo e seus derivados em todo o mundo, nas últimas semanas, como decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia, “decidimos não repassar a volatilidade do mercado de imediato, realizando um monitoramento diário dos preços de petróleo”.
Mas, que após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, “tornou-se necessário promover ajustes nos preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras”.
Adicionalmente, a estatal ainda disse que a redução na oferta global de produto, ocasionada pela restrição de acesso a derivados da Rússia, regularmente exportados para países do ocidente, “faz com que seja necessária uma condição de equilíbrio econômico para que os agentes importadores tomem ação imediata, e obtenham sucesso na importação de produtos de forma a complementar o suprimento de combustíveis para o Brasil”.