* Irianna Chaves Spínola Barbosa
Acreditar. Ter fé. Eu tenho fé. Eu acredito. É preciso, necessário, e é bom. A fé te levanta e te coloca pronto para começar de novo. Etimologicamente, a origem da palavra fé nasce no Grego “pistia”, que indica a noção de acreditar e no Latim “fides“, que remete para uma atitude de fidelidade.
Ter fé implica ter uma atitude contrária à dúvida e está profundamente ligada à confiança. A fé é um sentimento de total crença em algo ou alguém, mesmo que não exista nenhuma evidência que comprove a veracidade da questão em pauta. Mas fé em quê? Fé na vida, fé na humanidade, fé em si mesmo.
Acreditar que é possível, que é bom, que a vitória virá. Acreditar na transitoriedade das dificuldades e na superação delas. Eu tenho fé. Eu acredito. Se a fé move montanhas, também move a Maria, o José, também move você. Se não acreditássemos em nada, para quê abriríamos os olhos a cada manhã? Quando tudo vai mal, quando a tristeza aparece, quando a maldade destrói, é a fé que nos faz pensar que tudo pode melhorar, que tudo passa, que não há mal que perdure.
Acreditar nos fortalece, nos encoraja, nos coloca “pra frente”. Acreditar é tão bom, que contagia. Quem não se lembra do grito de “EU ACREDITO” que elevou 11 homens à condição de 11 gigantes, 11 heróis na conquista da Copa Libertadores de 2013, pelo Clube Atlético Mineiro? É a fé que te faz transformar o impossível em possível. Até a Ciência já se rendeu à Fé. Para os pesquisadores da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, as pessoas que tem fé na vida, tem muito menos riscos de desenvolver doenças do que as pessoas que não creem que tudo pode acabar bem. E, ainda, as doenças que já se instalaram progridem mais lentamente em quem sempre vê a vida pelo lado bom, pois são mais positivos e comprometidos com seu bem estar. Acredito que Deus existe, acredito na força da família, no amor incondicional, na amizade verdadeira.
Acredito, também, que o respeito enobrece, que gentileza gera gentileza, que a união faz a força. Acredito na educação, acredito na felicidade como companheira de jornada. Acredito nas possibilidades e não nos limites. Acredito que devemos carregar conosco apenas o necessário, o que for bom, o que for leve.
Acredito que a verdade liberta, por pior que ela possa nos parecer. Acredito que o perdão traz alívio, ainda que reconheça o quanto, às vezes, é difícil perdoar. Acredito no trabalho, na solidariedade. Na mão estendida. No sorriso que acolhe. No olhar que conquista. Acredito no silêncio que compreende. Acredito na palavra que acalma, no abraço que conforta, na emoção que humaniza. Deus. Crença. Energia. Força do pensamento. Natureza. Esperança.
Não importa o nome que se dá àquilo que te traz alegria, disposição, segurança e conforto nos momentos difíceis. A verdade é que quando algo vai mal, quem acredita que no fim, tudo vai dar certo, vive melhor.
Para mim, é difícil viver sem acreditar. E você, acredita em quê?
* Irianna Chaves Spínola Barbosa, é Psicóloga, especialista em Matemática Superior, e em Educação Matemática. È professora da Escola Professor Jairo Grossi, Mantida pela Fundação Educacional de Caratinga – Funec