CARATINGA – Criado com foco no esporte, na inclusão social e no voluntariado, o Projeto Pro Hand encerra a temporada com resultados expressivos dentro e fora das quadras. Fundado em 2017 pelo técnico Tiago Bicalho, o projeto vem se consolidando como uma importante iniciativa de formação esportiva e social no handebol da região.
Segundo Tiago, a proposta do Pro Hand sempre foi oferecer o esporte como ferramenta de desenvolvimento humano. “É um projeto social, voluntário, aberto a crianças, adolescentes, jovens e adultos, a partir dos 10 anos, tanto no masculino quanto no feminino”, explica. Ao longo do tempo, o projeto ganhou força e passou a disputar competições oficiais, dando início a uma nova fase como clube esportivo.
Em 2025, o Pro Hand alcançou um de seus principais feitos ao conquistar o título do Campeonato Mineiro – Zonal F, disputado em Conselheiro Pena. A competição reuniu as melhores equipes da região e, com o título, o time garantiu vaga para a Copa Ouro, que reuniria os campeões regionais. A participação, no entanto, acabou inviabilizada por falta de recursos financeiros.
Outro momento marcante do ano foi a participação na 45ª Olimpíada de Raul Soares, realizada em outubro. A competição contou com equipes adultas, e o projeto decidiu levar, além das atletas mais jovens, mulheres que haviam retornado recentemente ao handebol. A aposta deu resultado, sendo primeiro lugar no feminino e terceiro no masculino.
Além disso, o Pro Hand também foi destaque nos Jogos Estudantis de Minas Gerais (JEMG), sagrando-se campeão da etapa Microrregional e da Regional, representando oficialmente o município.
Tiago Bicalho ressalta que parte desse desempenho só foi possível graças ao apoio institucional. “A gente tem uma parceria importante com a Prefeitura, que nos ajuda por meio do Bolsa Atleta. Isso faz diferença, mas ainda assim os custos são altos, com transporte, material esportivo e didático”, afirma. Ele lembra que uma viagem para competições fora da região pode ultrapassar os R$ 10 mil, valor difícil de ser custeado apenas com recursos próprios.
Atualmente, os treinos acontecem na Escola do Engenheiro Caldas, onde parte dos atletas estuda. No entanto, o coordenador destaca a necessidade de um espaço mais amplo e aberto à comunidade. “Hoje a maior dificuldade é material e um local adequado. A ideia é expandir para outros bairros e acolher mais pessoas, já que o interesse pelo projeto tem crescido”, explica.
Com campeonatos já previstos para fevereiro e abril de 2026, o Pro Hand também busca apoio para aquisição de novos uniformes e equipamentos. “Se alguém quiser patrocinar, será muito bem-vindo. É um projeto que gera custos, mas que transforma vidas”, reforça Tiago.
Com títulos importantes, participação crescente e reconhecimento local, o técnico considera que o Pro Hand encerra o ano reafirmando seu papel como projeto esportivo e social, levando o nome de Caratinga e da região a competições de destaque no handebol mineiro.











