Avaliação
O tradicional jornal norte-americano Washington Post publicou, nesta terça-feira (14), um editorial que “elegeu” o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como o pior líder global que minimiza o coronavírus. O “pleito” foi feito pelo conselho editorial do periódico, levando em consideração os chefes de estado que estão diminuindo a COVID-19.
O editorial relembrou o episódio em que Bolsonaro se referiu ao coronavírus como ‘gripezinha’ e disse que o presidente “tenta enfraquecer os esforços tomados pelos 27 governadores para conter a epidemia”.
“Quando as infecções começaram a espalhar no país com mais de 200 milhões de pessoas, o populista de direita chamou o coronavírus de ‘gripezinha’ e pediu que os brasileiros ‘enfrentassem o vírus como homem, não como moleques’”, descreve o editorial.
Atrás de Bolsonaro estão os presidentes do Turcomenistão, Belarus e Nicarágua.
Morre Rubem Fonseca
O escritor Rubem Fonseca, autor que renovou a literatura brasileira no século 20 com uma linguagem direta e que influenciou gerações, morreu, ontem, aos 94 anos, no Rio de Janeiro.
Segundo familiares, ele sofreu um infarto e foi levado ao Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul, mas não resistiu.
Dentre os principais livros de Rubem Fonseca, estão os volumes de contos “Lucia McCartney” (1967), “Feliz ano novo” (1975) e “O cobrador” (1979), além dos romances “O caso Morel” (1973), “A grande arte” (1983) e “Agosto” (1990).
Nascido em Juiz de Fora, ele era considerado um dos maiores da literatura brasileira e costumava ser avesso a eventos públicos e entrevistas. Mas em 1989, durante a queda do Muro de Berlim, foi entrevistado. No entanto, o jornalista Luiz Carlos Azenha não o reconheceu. Havia um grupo de pessoas e o jornalista percebeu que se tratavam de brasileiros, então perguntou se poderia entrevistá-los sobre aquele evento. Rubem Fonseca puxou o boné sobre o rosto e comentou: “Meu nome é José Rubem Fonseca, sou brasileiro. Estamos presenciando um evento histórico. Hoje não temos ideia de como vai mudar o futuro do mundo, mas será uma mudança severa. É com grande alegria que temos de encarar essa transformação histórica”.