CARATINGA – A alimentação que está na mesa do brasileiro atualmente envolve não só as substâncias que formam os alimentos em si, mas uma série de elementos como agrotóxicos, conservantes, aromatizantes e outros aditivos químicos. Para tratar esse e demais assuntos relacionados, o curso de Nutrição do UNEC apresentou, nos dias 20 e 21 de novembro, a quarta edição do Circuito de Pesquisa e Gastronomia com o tema “Segurança Alimentar e Nutricional: do Campo ao Prato”.
O evento contou com uma diversidade de atrações: montagem de estandes, encenação artística, apresentação de receitas e pratos. Estudantes de diferentes períodos utilizaram de todos esses recursos para mostrar, no hall de entrada da unidade II do UNEC, tudo que aprenderam ao longo do semestre em relação à segurança alimentar e nutricional. “O tema que escolhemos enfatiza a periculosidade do consumo de um alimento cheio de substâncias químicas industrializadas. Os acadêmicos abordaram ainda a maneira correta de higienizar e armazenar alimentos, bem como foi dado um foco especial às alergias e intolerâncias alimentares e às dietas alternativas”, comenta Brunela Rossoni Laignier, coordenadora do curso.
Dentre as dietas alternativas, o Circuito de Pesquisa e Gastronomia apresentou os prós e contras da alimentação low carb e as plantas alimentícias não convencionais (PANC). Vanelise da Silva Abreu, do sexto período, foi uma das pessoas que mostraram ao público as propriedades de PANCs como a taioba e a araruta. “Foi um pouco mais difícil porque a maioria delas a gente nunca tinha ouvido falar. Pessoas mais antigas costumam conhecer pelo nome popular. Nós perguntamos, olhamos no quintal de casa e encontramos até mesmo nas ruas. E essas plantas têm grandes qualidades nutricionais. Por exemplo, para quem é vegetariano, a ora-pro-nóbis pode ser uma excelente fonte de proteína, além das vitaminas e outros nutrientes”, ensina.
Para Brunela, a abordagem desses temas ajuda a formar profissionais que atuem na educação e orientem o paciente ao formar seus hábitos alimentares. “Hoje a população precisa se sensibilizar às informações do rótulo dos produtos alimentícios. Conhecendo o que vai consumir, a pessoa pode se conscientizar”, destaca.