Em novembro de 2020, o percentual de pessoas abaixo de 45 anos hospitalizadas era, em média de 18,51%. No último dia 13 de maio de 2021, esse percentual era de 31,25%
CARATINGA- A nova onda da Pandemia da covid-19 tem afetado faixas etárias cada vez menores. Consequentemente, o percentual de pessoas mais jovens hospitalizadas em virtude da infecção pelo novo Coronavírus aumentou consideravelmente nos últimos seis meses no município. É o que demonstra o estudo da Prefeitura de Caratinga.
Em novembro de 2020, o percentual de pessoas abaixo de 45 anos hospitalizadas em virtude da covid-19 era, em média de 18,51%. No último dia 13 de maio de 2021, esse percentual era de 31,25%.
Os profissionais da saúde que lidam diariamente com os pacientes com quadros graves da doença fazem um alerta para as pessoas mais jovens. É o caso de Túlio Pinto da Silva, enfermeiro do Casu. “Temos observado que as internações aumentaram considerando os pacientes mais jovens. Eles estão chegando com um grau de gravidade bem além do que a gente via no início da pandemia, que eram pacientes mais idosos. Ainda temos pacientes idosos, mas a questão dos pacientes mais jovens teve um aumento significativo”, disse.
Vaneuza Gomes, enfermeira do Casu faz um comparativo do perfil de pacientes atendidos desde o início da pandemia. “Nossa rotina é persistente, pesada, de muito trabalho, mas, de muita perseverança. Hoje, temos profissionais extremamente cansado, emocionalmente abalados, mas, ainda assim dando o melhor de si para fazer a assistência, ajudando a salvar vidas. O perfil dos nossos pacientes tem sido mais jovens, o que não víamos um ano atrás quando iniciou a pandemia. É uma população que não tem acreditado no vírus, acha que pode pegar de uma forma leve ou que já teve e não terá mais nenhum problema. E só temos a real percepção quando acontece com algum familiar nosso ou pessoa próxima”.
Área rural
Claudiano Marinho, enfermeiro da Atenção Primária, que atua na unidade de saúde de Santo Antônio do Manhuaçu relata que a realidade da unidade rural não é muito diferente do que é enfrentado na zona urbana. “Estamos todos neste trabalho árduo e o distanciamento do grande centro. Uma coisa que achávamos que seria positivo na pandemia, que iria demorar chegar aqui e chegou com tudo. Estamos passando a mesma situação que a sede, os pacientes vêm tendo um quadro diferente, estão agravando com mais facilidade e rapidez. É triste, quando começam a morrer pessoas que conhecíamos, a coisa fica ainda mais difícil”.
Ele também deixa seu recado para a população. “O alerta é seguir o que as autoridades de saúde e a Ciência pede, distanciamento social, evitar aglomerações, procurar atendimento médico aos sinais e sintomas que aparecer. E ficar quieto em casa. Nos ajude a cuidar de vocês, estamos fazendo nosso melhor”.