Somente este ano já foram notificados nove casos suspeitos, sendo que sete foram descartados. Caso confirmado foi registrado no distrito de Dom Modesto
DA REDAÇÃO- A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais já confirmou em 2018 sete casos de Febre Maculosa em Minas Gerais. Destes, um caso foi registrado no município de Caratinga, trata-se de um morador do distrito de Dom Modesto, mas o paciente “respondeu bem ao tratamento”, conforme informou a Equipe Técnica da Vigilância Epidemiológica.
Somente este ano foram notificados nove casos suspeitos, sendo cinco em janeiro, dois em fevereiro, um em maio e um em junho. Foram realizadas oito coletas para exame, descartando sete dos casos (não reagente).
A febre maculosa brasileira é uma doença infecciosa presente no país já há muitos anos. O primeiro relato ocorreu em 1929, em São Paulo, e atualmente a doença é registrada nas regiões Sudeste e Sul do Brasil. Em Minas Gerais, a ocorrência da febre maculosa brasileira é relatada desde a década de 1930, mas ainda hoje a doença causa dúvidas na população em geral.
Causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, a febre maculosa é transmitida ao ser humano pela picada de carrapatos infectados, principalmente os popularmente conhecidos como carrapato-estrela. Embora casos da doença possam ocorrer durante todo o ano, é no período seco, especialmente entre os meses de junho e novembro, que eles ocorrem com maior frequência.
HISTÓRICO
De 2013 a 2017 foram notificados 15 casos suspeitos da doença no município. Do total apenas um foi confirmado através de exame laboratorial realizado pela Fundação Ezequiel Dias (FUNED) em Belo Horizonte e evoluiu para óbito. O caso foi registrado em dezembro de 2017, também no distrito de Dom Modesto.
Após o conhecimento do caso uma equipe do Departamento de Epidemiologia realizou investigação na localidade. Foram coletadas amostra de sangue dos familiares, pois apresentaram os mesmos sintomas do paciente. Todos os exames deram negativos.
Como medidas de prevenção e controle, a Vigilância Epidemiológica ressalta que as principais atividades preventivas na febre maculosa são aquelas voltadas às ações educativas, informando à população sobre características clínicas, unidades de saúde e serviços para atendimento, áreas de risco, ciclo do vetor e orientações técnicas, buscando-se evitar o contato com os potenciais vetores.
BOX:
ORIENTAÇÕES
- Nos locais com casos de febre maculosa, recomenda-se o uso de vestimentas que evitem o contato com os carrapatos. Recomenda-se que as vestimentas (inclusive calçados e meias) sejam de cor clara, a fim de facilitar a visualização do vetor.
- Em áreas não urbanas, utilizar macacão de manga comprida, com elástico nos punhos e tornozelos, meias e botas de cano longo. A parte inferior do macacão deve ser inserida dentro das meias. Vedar as botas com fita adesiva de dupla face ou passar uma fita invertida na bota de tal forma que a parte aderente da fita fique virada para fora.
- Em área urbana, utilizar camisa de manga comprida com punhos fechados. Calça com a parte inferior inserida dentro das meias e vedada com fita adesiva. Calçados fechados e de cor clara.
- Repelentes podem ser aplicados à roupa e aos calçados.
- Vetores detectados nas roupas devem ser coletados com o auxílio de pinça ou utilizando-se fita adesiva.
- Não esmagar o carrapato com as unhas, pois ele pode liberar as bactérias e contaminar partes do corpo com lesões.
- Examinar o próprio corpo a cada 3 horas, a fim de verificar a presença de carrapatos e retirá-los, preferencialmente, com o auxílio de pinça. Quanto mais rápido forem retirados, menor a chance de infecção.
- Manter vidros e portas fechados em veículos de transporte na área de risco.
- Evitar entrar em áreas infestadas por carrapatos.
- Comunicar à Secretaria de Saúde sobre áreas infestadas em ambiente urbano.
- É desaconselhado utilizar produtos líquidos, pós, suspensões, sabonetes para controlar vetores em animais ou em vegetação e estruturas físicas sem a orientação profissional.