CARATINGA- A Prefeitura de Caratinga deu início ao processo de “chipagem” de animais de grande porte, recolhidos diariamente, soltos pela via pública.
Alisson Silveira, médico veterinário, explica que o procedimento é minimamente invasivo. “O microchip vem dentro do aplicador, então, não precisa fazer incisão. É rápido e fácil, nós fazemos a tricotomia, retiramos os pelos, depois fazemos assepsia e aplicação, implantando o microchip”.
A partir da implantação do chip, por meio de um leitor por aproximação da área é feita a leitura de um código de barras, onde Departamento de Epidemiologia e Estatística terá acesso a todas informações do animal, como explica. “Tais como, identificação do proprietário, caso houver; pelagem, onde ele foi recolhido, na maioria das vezes será reincidente. Se o proprietário pagar a taxa, teremos a documentação desse proprietário, nome, documentos, endereço, tudo”.
A primeira vez que o animal é recolhido em via pública, o dono tem sete dias para procurá-lo. No entanto, caso seja reincidente, o executivo não fica obrigado a restituí-lo ao proprietário. “É direito dele, a partir de sete dias já acabou, pode ser doado, tem um fiel depositário e esse prazo acaba. Quando é reincidente não tem esse prazo de sete dias, por isso o microchip vai ajudar com relação a isso”.
Artur Santana, diretor do Departamento de Epidemiologia e Estatística afirma que inicialmente a prefeitura adquiriu cerca de dois mil microchips. “Acreditamos que será suficiente para “chipar” todos os animais que forem recolhidos nas vias urbanas. É um trabalho rotineiro do Departamento, mas, também apuramos denúncias da população”.
O executivo acredita que a implantação dos microchips auxiliará no controle populacional destes animais de rua. “Normalmente, no período de seca, essa questão do recolhimento aumenta bastante. Tem dias que recolhemos de 8 a 10 animais na seca. Quando já chega nesse período chuvoso, cerca de dois a quatro animais. A maioria dos animais quando vem para o curral são reincidentes, então, praticamente são os mesmos animais recolhidos diariamente nas zonas urbanas”.