Parabéns ASBJ!

Esta semana foi aniversário de um dos clubes mais antigos e vitoriosos de nosso futebol regional. Associação Sportiva de Bom Jesus do Galho, ou simplesmente ASBJ. O tricolor, que tem como mascote o Lobo, sagrou-se campeão em cinco oportunidades. Em 1974 sem os clubes de Caratinga devido a duas fortes enchentes que destruíram a cidade. Depois de um longo período ausente dos certames, a ASBJ dominou o cenário na última década. Foram conquistas em 2010, 2011, (2012 não tivemos competição mas era a grande favorita) e conquistou o penta em 2013. Porém, na minha humilde opinião, o título mais marcante foi a conquista de 1977. Um dos certames mais fortes de que se tem notícia. A decisão foi entre Esplanada (campeão do 1º turno) x Associação (campeã do 2º). No primeiro encontro no dia 05 de março no estádio Mário Tristão, o Lobo venceu por 2 a 0 gols de Tutuca e Zé Lúcio. Arbitragem ficou por conta de Sodé, auxiliado por Zé de Aquino e Dejair Marcelino.

Com a vitória em casa, no dia 12 de março de 1978 no estádio do Carmo lotado, o tricolor jogava pelo empate. Já o Esplanada precisava vencer para forçar o terceiro jogo. O Lobo suportou bem a pressão e chegou a ameaçar várias vezes o gol do arqueiro Arcendino. Do outro lado, o goleirão Fernando operava milagres para segurar o 1 a 1 do placar, gols de Barreira para o Verdão e Gonzaga para o Lobo. A partida ficou ainda mais dramática, depois que o árbitro Dejair Marcelino (Carola) deu nada mais nada menos que 18 minutos de acréscimo. A alegação era de que havia acontecido muitas paralisações. Cabe aqui uma observação: o árbitro mora no bairro Esplanada, além de ser irmão de Carlinhos Marcelino, um dos craques esplanadense. Pressionado até pelo presidente da LCD Darquinha e policiais presentes, o árbitro encerrou o jogo e o Tricolor comemorou seu segundo e mais difícil título regional.

Mineiros de volta ao Brasileirão

Depois da pausa do Brasileirão para a Copa do Mudo da Rússia, o campeonato mais importante do país está de volta. Dos três representantes de Minas o Atlético foi o primeiro a retornar. Porém, a volta não foi nada boa. A derrota por 2 a 0 para o Grêmio no sul poderia ter sido até pior se Luan não tivesse desperdiçado um pênalti. Além disso, o desempenho da equipe de Thiago Larghi foi muito ruim. O principal argumento para um jogo tão abaixo da média são as 05 mudanças que o time sofreu. Não deixa de ter um peso grande. Afinal, o desentrosamento e falta de ritmo era visível. Entretanto, sem ritmo o adversário também estava. Contra o Palmeiras no final de semana, o desempenho precisa melhorar muito.

O clássico Cruzeiro x América terminou com vitória cruzeirense. Olhando para os elencos e opções deu a lógica. O Coelho até saiu na frente. Porém, não segurou por muito tempo o time de Mano Menezes com mais qualidade técnica. Com mais uma ótima atuação de Arrascaeta que empatou e foi o melhor em campo, a Raposa virou até com facilidade com Robinho e Raniel. Quebrar a sequência de três jogos sem vitória era importante. Domingo agora é repetir a boa atuação contra o Atlético PR. Já do lado do América, domingo o confronto contra o Paraná é daqueles jogos de 06 pontos.

 

Copa sem grande legado tático

Como louco por futebol que sou, consegui assistir a maioria dos jogos da Copa do Mundo. Vi pelo menos uma vez cada seleção do mundial. Na minha humilde opinião, não tivemos nenhuma novidade tática; tampouco alguém surpreendendo e “dando aula” de futebol. Tivemos uma copa com um nível técnico muito bom, com ótimos jogos e alguns poucos ruins. Até pelo fato de termos a nata do futebol mundial presente na Rússia. O título francês foi merecido por ter sido a equipe mais equilibrada da competição. Porém, gostei mais do futebol apresentado pelos belgas eliminados na semifinal pelos campeões. Aliás, Roberto Martinez foi pra mim o melhor técnico na copa, embora tenha caído na semifinal. Em relação ao Brasil, ainda acho que Tite é o melhor que temos, mas, ainda precisa evoluir taticamente e ter mais variedade e capacidade de fazer leitura rápida do jogo e encontrar alternativas.

 

Rogério Silva

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