Dando sequência à coluna comemorativa de aniversário do glorioso Esporte Clube Caratinga, em seus 108 anos de história, muitos foram os craques, formados ou não pelo Dragão, que marcaram época com a camisa rubro-negra. Como publicado na coluna do último sábado, o craque Moacir “Tio Moá” foi eleito por jornalistas, torcedores e, principalmente, por jogadores, como o melhor de todos os tempos entre aqueles que vestiram a camisa do clube.
Obviamente, assim como eu não tive o privilégio de vê-lo jogar, a enorme maioria das gerações também não teve. Portanto, é absolutamente normal que cada um de nós tenha seus “melhores de todos os tempos” preferidos. Sendo assim, ao longo dos meus 51 anos de idade, pude ver grandes craques em ação pelo Dragão. Escalando os melhores que vi jogar:
DEFESA: Arthur, Guilhermino, Fifi, Anísio, André Damasceno.
MEIO-CAMPO: Élvio, Marcinho, César.
ATAQUE: Toninho (camisa 7), Aesso, Toninho Feijão.
TÉCNICOS: Zé Canuta e Otávio Cirilo.
Um time tão grande e com tanta história como o Esporte Clube Caratinga teve muitos craques inesquecíveis: Cacau, Chicão, Zezé, Nélio, Toninho, Hugo, Pelezinho e tantos outros. Porém, na minha humilde opinião, o melhor e mais completo craque que vi jogar com a camisa rubro-negra foi César do Canuta: ambidestro, habilidoso para driblar, dono de potência e colocação no chute de média e longa distância, ótimo cabeceador, visão de jogo privilegiada. Para os marcadores tirarem a bola dele, era quase impossível sem fazer falta. Gênio da camisa 10.
Nos meus tempos de criança
Ao longo da história, o Esporte Clube Caratinga se notabilizou por formar jogadores não só para seu time principal, mas também para o futebol profissional do Brasil e até mesmo internacional: Jairão e César para o Fluminense carioca; Pelezinho e Jordan para o Cruzeiro; Neném Homem para o Vasco e times de Portugal, e por aí vai.
Jogar na “escolinha” do Caratinga era o grande sonho dos meninos da minha época, mesmo daqueles que não moravam perto do clube tampouco eram filhos de sócios. Eu tive esse privilégio dos meus 8 aos 16 anos de idade, na chamada Escolinha A do Caratinga. Tempo bom, de ótimas lembranças.
Conhecer para respeitar
Nenhum clube chega aos 108 anos por acaso. Muitos homens e mulheres de muito valor tiveram contribuição gigante na construção de todo esse legado. Atualmente, o clube é comandado pelo jovem e supercompetente Edgar Martins, presidente que, contando com o apoio de toda diretoria e Conselho Fiscal, tem promovido uma revolução no clube. Parabéns ao presidente e a toda diretoria.
Uma observação, até mesmo para valorizar todo o legado que tem sido produzido: procure criar um memorial para que as novas gerações possam conhecer melhor a história do clube e, no futuro, valorizar e respeitar tudo que você tem feito.
Rogério Silva
abrindoojogocaratinga@gmail.com
@rogeriosilva89fm