COLUNA ABRINDO O JOGO

Cleitinho abriu o jogo

        Esta semana recebi no programa Abrindo o Jogo o diretor de Esportes do América Futebol Clube, Clayton Rocha, o “Cleitinho”. A Copa América de Vôlei promovida no final de junho para abrir as comemorações do aniversário de 60 anos do clube foi o assunto principal. Cleitinho se mostrou muito satisfeito com a repercussão positiva causada pela competição.  Disse estar orgulhoso com os comentários elogiosos de todos os participantes, principalmente de trabalhos bem mais estruturados e reconhecidos nacionalmente como Minas e Cruzeiro. Porém, ao longo do bate-papo em dois blocos do programa, demonstrou também uma grande insatisfação com alguns acontecimentos ainda durante a Copa América. Falta de um apoio mais incisivo por parte da direção, e até mesmo um lamento pela perda do técnico Gilson Bispo que deixou o clube antes mesmo da competição que ele mesmo idealizou. Em determinado momento, Cleitinho deixou transparecer estar bem chateado com alguns acontecimentos pós-competição, chegando a dizer que o cargo de diretor de esportes nunca foi devidamente reconhecido e com autonomia para trabalhar. Depois desse bate-papo, confesso que passo a temer pelo futuro do projeto América Vôlei. Espero mesmo que, tanto Cleitinho, quanto o presidente Cláudio Panza, possam aparar as arestas, que o voleibol e o esporte do clube possam sair vencedores.

 

Cabral abriu o bico

        O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral que cumpre pena por corrupção, resolveu assumir mais uma pra sua conta. Cabral disse que pagou dois milhões de dólares por nove votos para o Rio sediar os Jogos Olímpicos de 2016. Cabral disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-prefeito Eduardo Paes não participaram do esquema, mas sabiam dos pagamentos de propina. Ele afirmou que o ex-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, indicou o presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), Lamine Diack, como intermediário da negociata. Entre os nomes citados por Cabral como tendo vendido o voto estão dois grandes nomes da história do esporte olímpico: o ucraniano Serguei Bubka, considerado o maior saltador com vara de todos os tempos, e o nadador russo Alexander Popov, quatro vezes medalhista de ouro olímpico. Cada vez mais difícil acreditar até mesmo nos resultados esportivos quando a cartolagem é desse nível.

 

Brasil x Peru: Tem favorito sim

Domingo Brasil e Peru entram em campo para decidirem mais uma Copa América. A presença da seleção canarinho já era esperada independente de quem estivesse do outro lado. A presença da seleção peruana é uma grande surpresa. Afinal, Argentina, Colômbia, Uruguai, Chile tecnicamente são melhores que o time de Paolo Guerrero & Cia. Porém, todos ficaram pelo caminho. Para essa geração peruana, o simples fato de estar numa final de Copa América 44 anos depois com a chance de conquistar o terceiro título de sua história, já é um grande feito. O fato de terem eliminado dois favoritos deixa o time mais confiante. Por outro lado, a pressão pelo título está toda depositada nos ombros dos brasileiros. Afinal, jogam em casa, contam com jogadores espalhados pelas mais fortes ligas do mundo atuando nos maiores clubes. Por mais que nas entrevistas os jogadores digam que “não tem mais bobo no futebol, que não existe favoritismo, que é onze contra onze” todos aqueles clichês, internamente todos eles sabem que o Brasil tem sim um enorme favoritismo contra o Peru. Nem tanto pelo 5 a 0 do confronto da fase de grupos, não acredito que aconteça outra vez, mas, o favoritismo é atribuído a seleção verde e amarela por todo o potencial e qualidade de elenco – mesmo que esteja devendo uma grande atuação e um futebol melhor – além disso, por mais esforçado e organizado que possa ser o time comandado por Ricardo Gareca, na minha humilde opinião, o Brasil só perde o título se cometer o mesmo erro do Chile, entrar em campo acreditando que o adversário está morto e que irá ganhar quando quiser. O Brasil é favorito sim, mas, tem que entrar respeitando muito, sem menosprezar e manter o foco o jogo todo.

 

Rogério Silva

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