Aquele abraço amigo do esporte amigo da bola. Como sempre, vamos abrir nosso baú e recordar mais um grande craque do nosso futebol. Na coluna de hoje quero contar um pouco da história de um dos maiores atacantes de todos os tempos do nosso futebol. Infelizmente esse não tive o prazer de ver jogar. Porém, como adoro estudar sobre a gloriosa história do nosso futebol amador, e conversar com quem ajudou a escrevê-la, me considero um privilegiado em poder ouvir e aprender com essas feras.
Jesus Roberto nasceu em São Domingos do Prata no dia 27 de março de 1947. Com habilidade e um grande faro de gol, em 1962 chegou ao juvenil do Cruzeiro. Depois teve oportunidade no rival Atlético. Mesmo tendo muito talento e um futuro promissor, decidiu jogar futebol no interior do estado. Começou por Ponte Nova. Na cidade, foi artilheiro em praticamente todas as competições que disputou. Com tanta facilidade pra fazer gols, se tornou ídolo em toda a região. Para o menino José Reinaldo de Lima, Jesus foi a grande inspiração. Anos depois, o garoto se transformou em ídolo no Atlético e maior artilheiro da história do Galo e passou a ser chamado de “Rei”. Em 1973 Jesus desembarcou em Caratinga pra vestir a camisa rubro-negra. Estreou logo no clássico contra o América. Fez os dois gols da vitória por 2 a 0. Naquele jogo, o Caratinga venceu com: Cacau, Hugo, Fifi, Ari e Baiano; Vermelho, Toninho, Cassimiro, Beraldo, Jesus e Nortinho. Em 1974 faturou com o Dragão o título Regional. No mesmo ano o Caratinga vendeu seu passe ao ESAB – time que pertencia a divisão extra do campeonato mineiro – em 1976 fez seu último jogo como profissional contra o Uberaba. A última partida pelo Rubro-negro foi em 1978 contra o Flamengo da Rua da Cadeia com vitória por 1 a 0.
Um dos grandes arrependimentos do craque é não ter permanecido no Atlético Mineiro. Jesus que passa por problemas de saúde, com grande dificuldade para andar, foi homenageado em maio com uma partida no estádio Dr. Maninho que reuniu muitos que jogaram com ele, e ainda teve a presença ilustre de Reinaldo que fez questão de vir prestigiar o ídolo da infância em Ponte Nova. Ter tido a oportunidade de conversar com o craque e ouvir boas histórias, é um dos motivos que faz a profissão valer a pena. Domingo que vem volto com mais um dos nossos eternos craques.
COLUNA ABRINDO O JOGO – Ídolo do Rei
