Camelo campeão em 1996
O futebol regional viveu grandes momentos nos anos 60,70 80 é verdade. Grandes craques desfilaram talento pelos campos da cidade e região. Porém, viveu nos anos 90 uma década ainda de boas competições e times bem fortes. Além dos chamados “Campeonatos da Cidade” que depois passaria a ser chamado de Regional, a Copa Distrital e a recém-criada Copa Oeste faziam a festa dos times dos distritos e cidades vizinhas. 1996 foi a última vez que calcei chuteiras, assinei súmula em uma competição oficial do nosso futebol. Antes, tive o prazer de disputar inúmeros campeonatos de base pelo Esporte Clube Caratinga, base e adulto por Esplanada, América e Santa Rita. Porém, minha última vez foi vestindo a camisa do Esporte Clube Dom Modesto, o querido Camelo. Comandado pelo conhecido Jovino Lopes, pai do vereador Diego, o time de 96 contava com um elenco qualificadíssimo. Posso afirmar que tínhamos dois times. A grande decisão aconteceu no extinto estádio Beira Rio, campo do Bairro das Graças, no mês de julho, o adversário era o fortíssimo time do Palmeiras de Santa Efigênia, na época, comandado dentro e fora de campo pelo saudosos Juvercino Lopes, irmão gêmeo de Jovino. Para muitos, o timaço do Santa Efigênia era favorito para a decisão. Contava com estrelas como: Luizinho veterano craque do América anos 80, Julinho que atuou profissionalmente no Caratinga nos anos 90, Damiano um dos grandes atacantes que vi jogar, Tetano, um dos melhores da sua geração, Alex que também atuou como profissional do Caratinga, entre outras feras. Porém, em jogo único, nosso time estava num dia iluminado. Vencemos por 2 a 1 com dois gols do centroavante Tom, atual presidente da LCD. Dom Modesto campeão da Copa Oeste 1996: Rogério, Aroldo, Sidinei, Fernando Bocão, Didi, Anderson Neguinho, Heraldo, Diego, Hudson, Tom e Beto.
Raposa sai na frente
Sabe aquela história que “clássico não tem favorito?” pois é, o confronto Cruzeiro 3 a 0 Atlético pela Copa do Brasil, mostrou que por mais que um time esteja vivendo um momento mais tranquilo que o outro, que esteja num momento melhor, quando chega o clássico não significa muita coisa. O Cruzeiro venceu com autoridade, sem dar a menor chance de reação ao Atlético. Rivalidade e superstições a parte, a Raposa demonstrou mais organização tática, disposição nas divididas e competência nas finalizações. O placar de 3 a 0 foi justíssimo. Pra falar a verdade, a superioridade cruzeirense foi tamanha, que nem parecia clássico. Confesso que quebrei a cara, esperava que esse fosse o confronto mais equilibrado dessa rodada da Copa do Brasil. O Galo já conseguiu reverter placares considerados quase impossíveis. Porém, diante esquecidos pelo menos durante os 90 minutos do clássico. Ainda não dá pra cravar que a vaga celeste está assegurada, mas, que está bem encaminhada não dá pra negar.
E agora Tite?
O objetivo de conquistar a Copa América foi concluído com sucesso. A seleção brasileira faturou seu nono título da competição e manteve a escrita de ganhar sempre a competição disputada no Brasil. Tite está com seu emprego garantido. E agora professor, o que fazer daqui pra frente? Vai começar a renovação pensando na Copa do Catar ou irá continuar com a mesma base? Essa pergunta precisa ser respondida pelo técnico Tite com urgência. Entre seus maiores desafios, encontrar um substituto para Daniel Alves e um líder para o grupo.
Rogério Silva
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