Deodoro da Fonseca
Grande Marechal comandou um movimento militar que teve algum apoio de setores da sociedade como fazendeiros, cafeicultores e do clero. Este movimento acabou por derrubar o imperador Dom Pedro II, proclamando assim a República.
Nasceu em Alagoas no dia 5 de Agosto 1827, filho do militar tenente-coronel Manuel Mendes da Fonseca e Rosa Maria Paulina da Fonseca, teve duas irmãs e sete irmãos. Todos os homens foram militares e seis deles lutaram na Guerra do Paraguai. O mais velho dos irmãos, Hermes Ernesto da Fonseca, pai do também presidente da República e marechal Hermes da Fonseca, chegou ao posto de marechal-de-exército e foi presidente das províncias de Mato Grosso e da Bahia.
Deodoro da Fonseca casou-se no dia 16 de abril de 1860 com Maria Cecília de Souza Meireles. O casal não teve filhos, mas seu sobrinho Hermes da Fonseca era considerado como filho do casal. Hermes da Fonseca se tornaria o 12º presidente do Brasil.
Em 1843, aos dezesseis anos, Deodoro matriculou-se no Colégio Militar do Rio de Janeiro, terminando em 1847 o curso de artilharia. Aos 18 anos já era cadete de primeira classe. Depois de completar os seus estudos tornou-se oficial aos 21 anos. Participou de várias lutas no período do Império, como a de Pernambuco, tentando combater a Revolução Praieira; a brigada expedicionária ao Rio da Prata, e o cerco a Montevidéu, dentre outras.
Influenciado por militares durante a Guerra do Paraguai, o marechal Deodoro da Fonseca teve grande atuação na história do Brasil, comandando um movimento para a derrubada do imperador D. Pedro II do poder.
Deodoro da Fonseca foi traído durante o movimento, perseguido pelas tropas do imperador. No dia 14 de novembro, com o objetivo de agitar os meios militares, o Major Sólon espalhou o boato de que o Visconde de Ouro Preto havia decretado a prisão de Deodoro da Fonseca e Benjamin Constant. Em face desses boatos, os revoltosos ocuparam o quartel-general do Rio de Janeiro e depois o Ministério da Guerra. Depuseram o Ministério e prenderam Afonso Celso de Assis Figueiredo, Visconde de Ouro Preto. Na tarde do dia 15 de novembro de 1889, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, foi solenemente proclamada a República. Deodoro torna-se o primeiro presidente do Brasil, sendo escolhido pelo Congresso através de eleições indiretas, em 25 de fevereiro de 1891.
Mas como Deodoro, amigo do imperador e com convicções monarquistas, entrou no movimento?
Os republicanos percebendo que não conseguiam realizar o seu projeto político por referendo popular, pensaram então num golpe militar. Precisavam, todavia, de um líder de suficiente prestígio na tropa, para levarem a efeito seus planos.
Foi assim que os republicanos passaram a aproximar-se de Deodoro, procurando seu apoio para um golpe de força contra o governo imperial de Dom Pedro II.
Poderíamos quase afirmar que Deodoro, formata militarmente a revolução, mas sempre a contragosto.
No governo provisório de Deodoro da Fonseca os ministros eram republicanos renomeados historicamente, além de liberais da monarquia. Compunham seus ministérios: Campos Sales – Justiça; Eduardo Wandenkolk – Marinha; Benjamim Constant – Guerra e Instrução Pública, Correios e Telégrafos; Quintino Bocaiúva – Negociações Estrangeiras; Rui Barbosa – Fazenda; Aristides Lobo – Interior; Demétrio Nunes Ribeiro – Agricultura, Comércio e Obras Públicas.
Porém, seu governo não se manteve por muito tempo, devido a problemas políticos e econômicos, como o encilhamento (bolha econômica) e a dissolução do Congresso Nacional, encerrando o período de administração do país em 23 de novembro de 1891.
O início da República não foi claramente uma época brilhante na economia e política Brasileira, muitas tentativas de golpes e uma situação de estado de sítio generalizado.
Por ter sido uma figura de grande importância para o cenário político do Brasil, recebeu algumas homenagens como o Monumento Marechal Deodoro, no Rio de Janeiro, tendo também sua face estampada em uma nota de 20 mil réis, em 1925.
Deodoro da Fonseca faleceu em 23 de agosto de 1892, por dispneia, deixa como desejo ser enterrado civilmente, no entanto não foi atendido este desejo e acabou sendo realizado um funeral com honras militares.
João Abreu é natural de Angola, mas tem nacionalidade portuguesa. Ele reside em Caratinga e é empresário com formação em Marketing.
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