*Eugênio Maria Gomes
Há quem diga que o ano de 2019 não foi lá estas coisas. Existem, inclusive, os que dizem que “já foi tarde, graças a Deus”. Todo ano é a mesma coisa: a gente reclama, reclama, mas, ainda bem que as esperanças se renovam a cada novo ano que se inicia. Aliás, eu nunca entendi bem essa comemoração na virada de um ano para o outro, se ela acontece festejando o bom resultado do ano que termina, ou se comemorando o fim de um resultado ruim. Prefiro pensar que a comemoração acontece para festejar a oportunidade que temos de fazer algo diferente e de tornar o novo ano algo que valha a pena viver. Particularmente aproveito esta época para agradecer e, claro, renovar pedidos. E o que não me faltam são motivos para agradecer: tenho Deus no coração, Família, Amigos, Amor, trabalho e Fé, muita Fé.
Terminei o ano com um saldo mais que positivo: tentei não me afastar de Deus (sim, Ele nunca se afasta, nós é que nos distanciamos Dele); priorizei as minhas relações familiares; mantive ótimos laços de amizade e de afeto. Em 2019, a minha crença no ser humano deixou de ser irrestrita (apanhei um bocado!) e me senti na obrigação de selecionar um pouco as companhias; participei de programas de preservação do Meio Ambiente, reciclando mais e levando menos sacolas plásticas para casa; escrevi, publiquei, fui homenageado e mantive a crença na força do Livro e da Leitura como instrumentos efetivos e eficazes para melhorar a vida das pessoas.
Consegui, no ano passado, fazer belas viagens com o meu filho João; aprimorei a técnica de separar os colegas dos amigos e aprendi que, de verdade, estes, podem ser contados utilizando-se, tão somente, os dedos das mãos e iniciei um processo de reeducação alimentar.
Nas redes sociais, tornei-me adepto da moderação. Fortaleci a certeza de que não devo compartilhar tudo o que recebo, criei coragem para falar com os mais desavisados sobre Fakes News e mantive a boa educação nos relacionamentos virtuais, curtindo somente o que eu realmente gostava e desconhecendo o que não me agradava, consciente de que a página alheia não é lugar para eu aborrecer ninguém e, muito menos, me aborrecer com o que pensa e acredita o outro.
Entrei no ano de 2020 acreditando cada vez mais no Deus do amor, do perdão e da reconciliação, certo de que Ele, jamais, em nenhuma circunstância, castiga seus filhos; pretendendo estar cada vez mais perto das pessoas que eu amo e acompanhar a chegada da minha neta Ísis; programando novas viagens com o João e a leitura de bons livros.
Neste novo ano, pretendo diminuir, ainda mais, as discussões sobre Política, até porque os políticos acabam se entendendo e quem perde somos nós que não ganhamos nada com isso. Prometo não me irritar com a turma que acha que tudo “antes” era melhor e com a que acha que “agora” está tudo muito melhor, mesmo com o país mergulhado em uma de suas maiores crises de credibilidade e com a recessão batendo à nossa porta.
Definitivamente, não discuto mais religião. São discussões que não levam a nada, até porque o problema não é a religião, mas a forma como cada um a vivencia, assim como as motivações que levam as pessoas a procurá-la.
Quero, neste ano novo, lançar mais três obras literárias, sendo duas no início de abril: SEM DATA DE VALIDADE – CRÔNICAS (volume 6) e PÍTER, A ESTRELINHA (6º volume da série Maria Contando Histórias). Pretendo, também, completar a série de 500 textos publicados no Jornal DIÁRIO DE CARATINGA (este é o de número 492).
Que o novo ano seja bom. Que os ventos soprem amenos, que a concórdia se instale e sejamos mais felizes. Como será um ano bissexto teremos mais um dia para aproveitar a beleza da Vida!
Para 2020, Paz e Alegria!
*Escritor e funcionário da Funec.