CARATINGA- Desde o final da tarde da última sexta-feira (15), quando foi anunciada suspensão total das atividades do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora (HNSA), a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) registrou o aumento de 27,8% de sua demanda. O balanço foi apresentado na manhã de ontem, pela diretora administrativa Vânia Franco.
Em seu funcionamento normal a UPA contabiliza 180 atendimentos diários, com esta nova realidade a média tem sido de 230 atendimentos. Consequentemente, mais tempo de espera. É preciso compreensão, conforme ressalta Vânia. “Quero dizer a toda sociedade que hoje nós atendemos a 13 municípios da microrregião de Caratinga, mais as BRs. Ou seja, as pessoas que passam pela BR e sofrem algum acidente, tenham um mal súbito ou desconforto, elas param na UPA para serem atendidas”.
Os moradores da microrregião também devem ficar atentos ao Protocolo de Manchester, utilizado para classificar os atendimentos que são realizados pela UPA e os que podem ser absorvidos pelos postos de saúde. “Peço a nossa sociedade, para antes de vir à UPA verificar se realmente precisam de tratamento de urgência e emergência. Porque nesse aumento que tivemos aqui pudemos observar também que tivemos muitos pacientes que são verde e azul, atendimentos de PSF. Com isso, as famílias ficam aguardando duas ou três horas o atendimento e cria um certo desconforto para aqueles pacientes que realmente estão na urgência e emergência”.
Segundo Vânia, todo um planejamento foi montado para receber o grande número de pacientes. “A UPA está de braços abertos para receber toda a nossa sociedade, o Dr. Welington não está medindo esforços para manter o atendimento humanitário da UPA, mas precisamos de paciência, entendimento e compreensão da população. A partir do momento que aumentamos nossa demanda espontânea, tivemos que dar um suporte para dar mais tranquilidade e segurança aos pacientes, ampliando o número de profissionais”.
Em alguns casos mais complexos, os cidadãos que procuram a UPA são estabilizados e é feita a regulação para hospitais da região, conforme explica a diretora administrativa. “Temos um suporte do CASU, Hospital Vital Brasil, Hospital Márcio Cunha, Hospital José Maria e algumas complexidades estamos encaminhando para Belo Horizonte. A micro está se esforçando ao máximo para o atendimento mais rápido sem que o paciente pare muito aqui na UPA, até porque temos 25 leitos e não posso ficar muito tempo com paciente, porque preciso receber os que mais necessitam. Todos os casos que chegam fazemos o atendimento, regulamos e vamos enviar aos hospitais que estão de portas abertas para nos receber”.
Vânia também frisou que o Hospital CASU Irmã Denise está recebendo quase 80% da demanda da UPA, principalmente gestante. “As gestantes que estão em trabalho de parto, gentileza já encaminhar para o CASU”, finaliza.