Com artrose, moradora do Bairro Vale do Sol precisa de R$ 18.000 para cobrir os custos de uma prótese total de joelho
CARATINGA- Jaqueline Barbosa Gonçalves Paixão. 39 anos, dos quais há mais de 20 convive com a artrose, doença degenerativa e progressiva das articulações do corpo humano que ocorre devido ao desgaste de grande parte da cartilagem da articulação. No caso dela, a área afetada foi o joelho e o estágio avançado já atingiu o grau 3, por isso, se locomove com auxílio de andador.
A moradora do Bairro Vale do Sol busca a chance de recomeçar com uma campanha solidária para arrecadar R$ 18.000. A intenção é cobrir os custos de uma prótese total de joelho cimentada, fisioterapia, pós-operatório e remédios.
Em entrevista à reportagem, Jaqueline recorda que a doença teve início ainda na adolescência, e nos estágios iniciais os sintomas eram de dor leve. Porém, de caráter progressivo, ou seja, piora com a realização de atividades físicas moderadas ou intensas. “Por volta dos 14, 16 anos já estava me tratando dessa doença. Por ser muito nova, não estava muito grave, estava no início do problema, mais mesmo medicações para dor. Na época eu ainda trabalhava fora e em forçar muito o joelho, o médico falou que quanto mais tempo passasse, mais desgaste ia ter”.
Em 2019, com o avançar da artrose, os sintomas se acentuaram. Muita dor e a mudança radical: Jaqueline não conseguia mais se locomover sem auxílio de um andador, situação que permanece atualmente. Até mesmo o psicológico dela foi afetado, que sofre com ansiedade. “Se eu for num consultório e o carro ficar estacionado num local muito longe, tenho que utilizar cadeira de rodas, porque, como tenho esse tremor nas mãos, já não estou tendo mais firmeza mais nas pernas e nem nos braços para caminhar. Dependo muito do meu braço para firmar no andador e com o tremor já está ficando mais difícil. O médico falou que com a cirurgia da prótese, eu poderia ter uma vida normal, sem a dor, poderia voltar a andar sem o andador”.
À medida que relatava sua história, as mãos de Jaqueline tremiam com mais intensidade, sinais da angústia de não conseguir fazer as atividades do dia a dia. Quando a reportagem chegou ao local, ela tentava vestir a bermuda no filho e não conseguia, pela dificuldade do movimento e firmeza das mãos. “Estou sofrendo demais com essa dor, tudo meu é com ajuda das pessoas da família do meu esposo, a minha sogra cuida do meu filho, da minha casa, ela lava a roupa pra mim, até almoço, café são levados na cama, que eu fico muito acamada por eu não aguentar andar pra lá e pra cá, prefiro ficar quietinha pra não sentir tanto a dor, porque conforme vou me movimentando vai estalando o joelho, aquilo dói, preciso de ajuda do meu esposo pra me vestir, me levantar do sofá, me deitar, tenho muita dificuldade. Tenho sofrido demais, Deus sabe que minhas condições estão precárias”.
A vida de Jaqueline é marcada pelos medicamentos constantes e pelo desejo de voltar a se locomover. “Faço o tratamento neurológico. O médico disse que eu tenho uma doença do parkinsonismo. Tenho que tomar esse medicamento de quatro em quatro horas e o de ansiedade tomo um por dia, para ajudar. Por eu ter essa situação do joelho me deixa muito ansiosa, por querer fazer as coisas, o que tem agravado muito minha saúde. Vendo minha situação acamada, uma pessoa que andava, trabalhava e hoje não pode fazer nada, nem em casa. Tudo tem que ser na mão. E quero viver minha vida normal, tocar a vida pra frente, sem dor, porque com a prótese não vou ter dor mais, vou poder andar normal e fica mais fácil para tratar a ansiedade, se o joelho estiver bom”.
Para isso, Jaqueline convoca aos solidários que façam suas doações em nome de seu esposo Fabrício Silva Paixão Gonçalves, em qualquer valor, pelo PIX 33 99900-0494 ou por meio de depósito ou transferência para a conta do Banco Itaú, agência 3162, conta 69420-6. “Quero fazer um apelo para os caratinguenses, se puder doar qualquer quantia vai ser de muito valor. Preciso ter minha vida normal, cuidar do meu filho, da minha casa. Minha sogra fica sobrecarregada com tanta coisa para fazer, isso me deixa muito nervosa e preocupada, o que está agravando meu estado da ansiedade. Se a população me ajudar vai ser muito bem-vindo”, finaliza.