Margareth Maciel de Almeida Santos
Doutora em Sociologia Política
Membro do Instituto Nacional dos Advogados do Brasil (IAB)
Entre tantos textos que escrevo para o Diário de Caratinga, para muitos podem parecer bons e para outros inúteis, mas espero que algumas linhas podem ter despertado algo em vocês, ou mesmo lhe direcionam para alguma intenção construtiva.
Vivemos em um mundo de relações tão complexas que me parece que a arte de viver bem, vencem os imperativos sociais e morais do tempo.
Nos séculos passados as mães que tivessem filhos sem a presença do marido, as chamadas mães solteiras enfrentavam problemas morais, sofrendo o peso da imagem sociais negativas. Embora grandes mudanças tenham ocorrido, muitas mulheres que se envolvem com o exercício da parentalidade, sem a presença de um cônjuge ainda vivenciam os reflexos da sociedade em ter que se casarem para serem mães. Por outro lado, muitas são mães solteiras por escolha e vêm mudando sua forma de agir, conviver com a sociedade e mesmo que são mães solteiras por escolha precisam provar para a sociedade que são boas profissionais e que podem ser boas mães. É uma tarefa que rompe estigmas, que apresenta um recorte e reclama por maiores análises dessas mães com o mundo do direito, principalmente as que são pobres.
Além das mães solteiras se pensa também que nesse mundo real grande é a fragilização dos laços conjugais modificando muitas vezes as relações entre pais e filhos ou filhas. Estudos demonstram que o aprimoramento das relações de mães sejam solteiras, como também divorciadas são assuntos constates de psicólogos e sociólogos, onde os laços de obediência e de respeito devem ser compreendidos numa sociedade desigual e vincada por transformações culturais, por isso as mais vulneráveis devem ter atenção maior pelo Estado.
A maternidade é um evento feliz na vida da mulher, mesmo que a mãe receba uma carga de responsabilidade por todos os acontecimentos que ocorram com os seus filhos ou filhas. O carinho de uma mãe e o seu aconchego, podem ter certeza que carrega o mais intenso amor para o resto da vida.
Quero homenagear todas as mães, principalmente as que exercem o papel de mãe sem a contribuição do esposo ou companheiro, dedicar aquelas mulheres guerreiras, cheias de sabedoria que assumem sua responsabilidade aos seus filhos e filhas.
Quero também aqui lhes dizer que é a segunda vez que comemoro o dia das mães, sem a presença da minha mãe Everilde Maciel de Almeida e sei com certeza que há milhares de pessoas que estão na minha situação.
É uma dor profunda, saudade do zelo, colo, cuidados e das broncas, mas não podemos perder o entusiasmo de viver, no meio das catástrofes que nos cercam encontrando o verdadeiro sentido que justifica nossa vontade viver. É a beleza de cuidar de si e de cuidar do outro, é o que no move.
Maio tem um significado muito especial para nós católicos pois dedicamos esse mês a Maria, Mãe de Deus.
“Minha mãe é a virgem Maria, é ela que agora vai me acolher, me abraçar, me perdoar, me compreender, me acalmar, me ensinar, me educar, me formar, me amar”. (Regaço acolhedor, música).
Nossa Senhora, Mãe das mães, abençoai todas as mães do mundo inteiro.
PAZ E BEM!