Ainda em relação à fome e à agronegócio, assunto do artigo redigido por mim e divulgado pelo Diário de Caratinga, em minha coluna, A Questão não está em pauta, no domingo retrasado, continuarei com uma pequena reflexão sobre o tema que foi tratado.
Desde o ano passado, no Brasil, formou-se um grupo, cujos os membros são mulheres agricultoras que tem por objetivo liderar a campanha “De olho no material escolar”. Segundo essas mulheres, diante de um acompanhamento mais rígido em relação à esse material,” os livros didáticos usados por seus filhos e filhas, responsabilizam o trabalhador do campo pelo desmatamento, além de que há nessas atividades escolares “mentiras sobre a realidade do campo brasileiro”, com críticas indevidas ao agronegócio.”
Assim, resolveram se reunir com o ministro da Educação, Milton Ribeiro, em 09 de outubro de 2021. Esse grupo é denominado como “Mães do Agro” tem o apoio da ministra da Agricultura, Tereza Cristina e da Frente Parlamentar da Agropecuária, representada pela deputada Alise Sleujtes.(vegazeta.com.br/mães-do-agro-e-fpa).
O objetivo das “ Mães do Agro”, segundo ainda o referido site, foi informado por elas que a necessidade de “ apresentar projetos que estão sendo desenvolvidos por nós em busca da atualização do material escolar para o tema agronegócio, e com isso, aumentar o horizonte de perspectivas para as nossas crianças”, e que existe “ desinformação” sobre a questão do impacto do agronegócio”, ressaltando que “ há uma pesada carga ideológica” nos conteúdos das apostilas dos alunos e cita a forma eufemística de como os agrotóxicos são tratados :“ defensivos agrícolas”, que causam a degradação das terras e do ambiente”, publicou em um comunicado o grupo presidido por Letícia Jacintho, e que tem Andrea Bernabé como vice-presidente”.(vegazeta.com.br/mães-do-agro-e-fpa).
O objetivo do grupo é “suprimir as críticas ao setor sobre o campo brasileiro, marcada pela monocultura, desmatamento, violações contra indígenas, trabalho escravo e uso de agrotóxicos” e também “Mães do Agro”, têm “ buscado se articular com parlamentares da Bancada Ruralista ( cujo nome oficial é Frente Parlamentar da Agropecuária-FPA), que representa os interesses do agronegócio no Congresso Nacional.” (brasildefato.com.br/2021/05/10/lobby –do-agronegocio).
Segundo o site racismoambiental.net.br/2021/05/01/a-nova-ofensiva, é que “através da campanha “ De olho no material escolar” e que a partir de pesquisas realizadas em redes sociais, há uma profunda articulação de setores do agronegócio pra disputar o sentido da educação realizada no Brasil, e que a todo custo impelir que nas escolas públicas e particulares se debata sobre desmatamento e queimadas, sobre trabalho escravo e super exploração, trabalho, concentração fundiária, riqueza e da renda, sobre a violência no campo, como se tudo isso fosse coisa do passado”.( racismoambiental.net.br/2021/05/01/a-nova-ofensiva).
Será?
Paz e BEM!