A palavra “crise” tem como significados as ideias de “fase difícil, grave, na evolução das coisas”, “colapso”, “deficiência” e “penúria”, e é justamente esse o estado em que se encontra a integridade do homem pós-moderno: em uma fase difícil, grave, na evolução do estado de integridade do ser humano que reflete em suas ações na sociedade. Nosso estado de retidão está deficiente, pois os “valores” que estão sendo passados e propostos pela mídia tem nos levado cada vez mais longe da eficiência da retidão moral. Já a palavra “íntegro” traz em si as ideias de “inteiro”, “perfeito”, “reto”, “inatacável”. E, diante dessa lei de levar vantagem, movida pelo nosso egoísmo e sustentada por nosso orgulho, quantos de nós podemos dizer que somos completamente íntegros? Quantos de nós podemos dizer que somos retos? Perfeitos em nossas relações e tratos, inatacáveis em nossa conduta?
Diante disso, insisto em dizer; a crise que mais tem afetado a nossa sociedade é a crise de integridade e, a partir dela, surgem todas as outras.
Infelizmente, todos os valores que antes poderiam ser considerados como perfeitos para tornar as pessoas “inatacáveis” – inculpáveis em sua integridade moral -, entraram em colapso no mundo pós-moderno, e hoje se encontram na penúria, abandonados e esquecidos pela sociedade.
Nunca poderemos esperar que os sistemas mais importantes de nossa sociedade sejam retos, íntegros, e justos, se a matéria prima que os compõem não o são.
Precisamos mudar. Precisamos urgentemente revisar nossos valores morais e rever a nossa forma de agir e de viver no mundo e, cada um de nós prezar pela integridade, retidão, e justiça, para que a sociedade do futuro seja íntegra, reta, e justa.
Que tomemos como exemplo todas as crises pelas quais nosso país está passando, das quais, muitas tiveram início pela falta de retidão e integridade do ser humano, de pessoas que querem levar vantagens em tudo, e que para isso não se importam em passar por cima de tudo e de todos.
A crise contra qual temos que lutar mais ferrenhamente é a crise de integridade, pois, na maioria das vezes, será justamente a nossa falta de integridade e retidão que gerará e fomentará todas as outras crises.
Wanderson R. Monteiro
(Bacharel em Teologia pelo ICP – Instituto Cristão de Pesquisas -; Vencedor do Prêmio Marilene Godinho de Literatura, em 2016, na categoria Contos; e em 2017, na categoria Crônicas; e segundo lugar em 2018, também na categoria Crônicas; Coautor dos livros “Além da Palavra”, (Volumes II, e III), “Caratinga 170 Anos: Múltiplos Olhares”, e da revista “Prosa e Verso” – Volume I -)
(São Sebastião do Anta – MG)