A semana será certamente de muita resenha sobre a final do Super Campeonato Regional 2018. Santa Cruz e Esplanada se preparam para decidirem o título em 180 minutos. Com a melhor campanha, o Gorila é o mandante do primeiro jogo, a segunda e decisiva partida tem como em anos anteriores o mando da Liga Caratinguense de Desportos. Entretanto, como o Santa Cruz tem mandado seus jogos no estádio Dr. Maninho, e a LCD também, teremos as duas partidas jogadas no “Campo Caratinga”. Antes mesmo da primeira rodada, com as 12 equipes divididas em três grupos, não foi difícil observar que na teoria, Santa Cruz e Esplanada montaram os elencos mais competitivos. Porém, ambos não chegaram a final com facilidade. Não sobraram como alguns previam. Principalmente na fase de mata-mata tiveram muitas dificuldades.
A melhor campanha não garantiu ao Gorila uma vantagem significativa em relação ao jogo. Afinal, não tem vantagem de jogar por empate, não decide em casa. Por outro lado, o Verdão também não tem vantagem alguma. Nem mesmo o fator “Grota” que normalmente pesa a favor. Por tudo isso, na minha humilde opinião, teremos a decisão mais equilibrada e imprevisível dos últimos anos. Elencos experientes, dois ótimos técnicos, jogadores de muita qualidade em todos os setores e bancos com várias opções. Domingo veremos quem pode sair do primeiro encontro com alguma vantagem.
Não deu para o América
Provavelmente alguns vão querer culpar o atacante Luan pela queda americana para a série B mais uma vez. Com certeza tem uma boa parcela de responsabilidade sim. Porém, o Coelho começou a cair quando emendou uma série de jogos sem vencer. Principalmente quando perdeu em casa para o já rebaixado Paraná. Confesso que dessa vez eu tinha mais esperanças da permanência do América na elite para 2019. Mas, fico com a clara impressão que na “hora H” falta confiança de time grande. Não adianta ter uma história gloriosa a 50 anos atrás. Além disso, o poder de investimento bem inferior a grande maioria dos clubes da série A, dificulta muito a montagem de um elenco minimamente competitivo. A exceção é a Chapecoense que mais uma vez, conseguiu escapar da degola
Cruzeiro e Atlético fizeram um Brasileirão dentro das expectativas reais de cada um. Talvez a Raposa pudesse ter feito uma campanha melhor no Brasileiro. O Galo acho que foi dentro do esperado pela qualidade do elenco que tem. Para 2019, vai depender muito do orçamento e planejamento de cada um.
Copa “Colonizadores” da América
O que era pra ser a maior final da Copa Libertadores da América da história, se transformou na maior vergonha do futebol sul-americano da história. A violência de torcedores argentinos, as indefinições da Conmebol em remarcar o local e data do jogo entre River Plate e Boca Jr, transformaram a “final dos sonhos” em lambança real. Para completar, a competição que tem o sugestivo nome de Libertadores da América, uma homenagem aos heróis que libertaram os países sul americanos dos colonizadores, terá a final exatamente na Espanha, o maior colonizador das Américas. Ironia do destino ou dos cartolas?
Rogério Silva