É tempo de muitas datas comemorativas. E o dia do médico é uma das mais cultuadas. Por cuidar da vida, da saúde e do bem-estar dos clientes, o médico é sempre reverenciado e amado.
Um bom médico é presença de Deus perto da gente. A vida é o nosso dom mais precioso, e o médico é aquele que promove a vida tornando-a um dom mais que especial.
Caratinga sempre foi dotada de bons médicos que deixaram marcas indeléveis de trabalho, abnegações e amizade.
O primeiro médico caratinguense foi Dr. Edmundo, que recebeu significativa homenagem do UNEC, tendo seu nome, sua foto e sua biografia colocados no convite de formatura da primeira turma de medicina de nossa terra. Lembramos, ainda, de Dr. Antônio Monteiro de Resende, Dr. Grimaldo Barros de Paula, Dr. Cimini, Dr. Mendonça, fundador da Casa de Saúde Divino Espírito Santo, e muitos outros. Naquele tempo não havia sofisticados exames laboratoriais, então o médico necessitava empreender conversas longas, muito exame ao toque da mão e a escuta das queixas com muita atenção. Todos eles eram médicos de família, atendendo em casa a qualquer hora do dia e da noite. Estabelecia-se grande amizade entre as famílias e o médico porque era muitos os encontros, o entrosamento e o afeto.
O médico passa uma atmosfera tão divina que basta a sua presença para que o cliente sinta-se melhor. Quantas vidas são recuperadas, quantas curas são feitas, quantas alegrias são plantadas pelos médicos! E quantas abnegações, lidas e estudos por parte desses anjos da medicina. Eles são verdadeiros apóstolos da Saúde, sacerdotes da vida!
Hoje, o mundo mudou muito e muito tem se falado sobre a relação médico-paciente. Os exames de laboratórios fazem diminuir as conversas, a empatia, o que, muitas vezes, deixa a desejar uma recepção mais amena.
Nas universidades, nos cursos de medicina de antes, havia um conteúdo chamado Rapport – um ramo da psicologia que significa estabelecimento de simpatia e empatia com outra pessoa. No consultório médico é aquela conversa rápida que ajudava a estabelecer um encontro amistoso entre o médico e seus pacientes. Tratava-se de perguntas simples para deixar o paciente menos tenso, sentindo-se acolhido.
Pela importância da relação médico–paciente, muito se tem escrito e falado. Na verdade, há médicos que são verdadeiros profissionais e entendem o quanto ajuda o cliente esse bom acolhimento. Há, também, médicos que não sabem do valor desse gesto e tratam mal o cliente. Nesse caso, até a doença custa sarar porque a confiança que se tem no médico ajuda na cura. Lembro-me de ter visto num consultório um cartaz escrito assim: “Vim procurar um médico e encontrei um amigo, eis a causa de minha cura.” E mais: o bom médico tem de saber escutar. E na escuta, muitas vezes descobrem a lágrima oculta, que é aquele mal silencioso, escondido que leva a doenças psicossomáticas. Os profissionais que cativam são os que fazem da profissão um ato de Amor. São adorados pelos clientes estabelecendo um luz lembrando o Divino Médico que abençoava, curava e amava as pessoas, escrevendo uma lição de eternidade.
Muitos médicos bondosos quando lembram a longa caminhada sentem-se felizes de terem feito da medicina uma missão de paz e bem. O médico generoso é beneficiado, também, com sua atitude.
Que Deus abençoe os médicos e os inspire a ter caridade. Sejam-lhes reservadas uma vida feliz e recompensas por exercer por excelência o mandamento do amor.
Marilene Godinho