Equipe foi empossada no dia 9 de abril
CARATINGA– A nova diretoria do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, empossada no dia 9 de abril de 2018 se apresentou à população na tarde de ontem, por meio de coletiva de imprensa. A equipe é composta por Adriana Luiza Bertoldo e Silva, provedora; Suély Pereira de Souza, diretora administrativa; Sinézio Pontes Gonçalves, diretor de Assistência; Flávia Lopes de Morais Costa, assessora jurídica; Myriam Araújo Coelho e Luiz Felipe Caran, sócios da empresa contratada para diretoria de Planejamento; e Marcelo Alves de Souza, diretor técnico.
A provedora Adriana Bertoldo ressaltou a composição da nova diretoria, que acredita ser um ponto bastante positivo, no sentido de reconhecer as principais necessidades do hospital. “A equipe é formada unicamente por funcionários desta casa. A mesa diretora acredita que ninguém melhor do que os próprios funcionários que estão aqui há vários anos, são os maiores conhecedores desta casa, que têm realmente o saber, a experiência do dia a dia. E eu venho para somar juntamente com a mesa, com o dom Emanuel, nosso bispo e contamos com a parceria de todas as comunidades que compõem a microrregião, para que a gente consiga dar passos e modificar a história do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora”.
Foram 10 meses de intervenção consensual. A diretora administrativa Suély Pereira explica o que muda nesta nova gestão e o que pôde ser aproveitado do período em que o hospital foi administrado pelo Ministério Público e uma equipe de intervenção. “O Hospital Nossa Senhora Auxiliadora deixa de estar sob intervenção do Ministério Público e volta para a antiga mesa diretora, a qual tem como presidente o dom Emanuel. Mas, a intervenção teve seus ganhos, os processos que estavam parados puderam ser contemplados; antes era um desgaste muito grande, não tínhamos contratos assinados e não tinha nem como cobrar os municípios que estavam em atraso, hoje eles sabem das suas responsabilidades e a maioria cumpre suas obrigações, após a assinatura do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público. Então o modelo de intervenção permanece. Continuaremos com a parceria com os municípios da microrregião dando um apoio em todas as nossas ações, com o Cosems (Conselho de Secretarias Municipais de Saúde); a secretária de Saúde de Caratinga, Jaqueline como gestora da saúde plena faz parte dessa equipe e representantes do Estado. Eles continuam dando suporte ao hospital. Reforçamos a equipe, ampliamos, com técnicos do hospital e juntamente com essa comissão hoje gerimos o hospital”.
SITUAÇÃO DO HOSPITAL
Sobre a situação financeira do HNSA, Suély explica que estes dados estão sendo apurados. “Tivemos uma resolução de incentivo parcelado em R$ 500.000. Esse repasse está em atraso um mês, mas um período considerado normal. Mas, o período de intervenção não causou o mesmo impacto negativamente financeiro que a outra gestão. A intervenção foi benéfica, demandas até mesmo de processo de trabalho dentro do hospital caminharam. Financeiramente falando continuamos com os déficits, estamos levantando a dívida, mas se aumentou não foi uma coisa absurda. Seria gradativo de acordo com os repasses que nós recebemos. Nos próximos dias acredito que teremos um levantamento real para apresentar como nossa equipe busca ser transparente, as entradas, o que recebemos de receita e quais são os gastos”.
Suélly ainda esclarece como funciona atualmente o fluxo de atendimentos em Caratinga, considerando a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e o hospital, que segue a classificação de Manchester. “Nas cores azul e verde, as enfermeiras fazem a triagem, o acompanhamento, encaminham para o médico, que contra referência esse paciente para as unidades básicas de saúde, porque são pacientes de PSF. Os de cor amarela, laranja e vermelho o hospital absorve. Caso esses pacientes azul, verde, amarelo, laranja ou vermelho chegarem na UPA, será feito a mesma coisa. Vai fazer a triagem, acolhimento e cadastrar os pacientes amarelo, laranja e vermelho, via SUS Fácil e o hospital se nós tivermos vaga vamos estar puxando ou qualquer outro hospital de referência. Então, a priori é um fluxo que foi elaborado, mas não foi validado pela SES, está em estudo ainda”.
A diretora administrativa também esclarece os serviços que estão disponíveis no hospital e a expectativa de retomar o funcionamento total dos leitos de UTI adulto. “Temos a porta de entrada com os clínicos, ortopedia, cirurgia geral, pediatria e maternidade de alto risco. Hoje estamos funcionando com cinco leitos a menos na UTI adulto, somos credenciados para ofertar 10. Com a paralisação do elevador, tivemos que reduzir, mas a nova gestão já está providenciando laudos técnicos, verificando a possiblidade de retomada desses elevadores ou não, mesmo porque a administração tem a ciência que tem o compromisso com o estado, quando ela recebeu o incentivo de que tão logo recebesse o recurso iria adequar a maternidade para esses 10 leitos”.
EXPECTATIVA
Segundo Adriana, após a posse da nova diretoria, não houve manifestação dos profissionais em relação a possibilidade de paralisação dos serviços. Ela afirma que os pagamentos estão regularizados. “Depois que assumimos não existe nenhuma indicação de paralisação. Estamos em dia com a folha de pagamento dos médicos e funcionários também. O único mês que está em aberto é o abril, porque ainda não venceu e esperamos nos próximos dias acertar esta folha”.
A nova provedora finaliza deixando uma mensagem para a população. “O hospital está de pé, com as portas abertas. Está fazendo 101 anos no dia 24 de maio e só aí dá para ver que realmente é uma fortaleza na cidade de Caratinga e região. Mais uma vez queremos contar a contribuição de toda a região no sustento do hospital e pedir as orações de cada um de vocês por essa nova equipe à frente da casa, para que tenhamos realmente a sabedoria do Espírito Santo na condução dessa casa”.