Uma das músicas espirituais que mais me tocam é aquela que começa com esta afirmação:
Eu sei que foi pago um alto preço, meu irmão…
A referência é a todo o TRABALHO que Jesus como o Messias de Israel e de toda a humanidade teve para vencer os nossos verdadeiros inimigos.
Do ponto de vista bíblico-teológico, os inimigos do homem são três: a carne, o mundo e o próprio pai da mentira.
A carne é nossa natureza ruim, essa constante tendência nossa para o mal, que nos cega sobretudo para as necessidades e os sofrimentos alheios, e que nos faz descrer da boa-vontade do Criador.
O mundo – se refere à forma errada de solucionar os nossos problemas, que se resume ao tirar ao invés de dar. A forma certa é sendo misericordioso, perdoador, dando uma nova chance, ajudando ao fraco, ao caído. O jeito do mundo é de dar a cotovelada ou o empurrãozinho final para que o outro tropece e caia, é aumentar a dificuldade, – é o rico ficando cada vez mais rico, o poderoso sendo cada vez mais cheio de si e de coisas fúteis, e mais insensível ao próximo, ao necessitado.
O pecado, então, é atender àquela voz dentro da gente (inspirada na nossa natureza e no jeito egoísta e egocêntrico do mundo) que sempre “puxa a brasa para a nossa sardinha”. Pecar é, acima de tudo, estar centralizado e ocupado com o que achamos que é meu, pouco me importando com a sorte daquele que é tão humano quanto eu, mas que está numa pior no momento.
O Messias não viveu assim – ele foi e continua sendo, nas palavras fortes e retumbantes do grande teólogo Bonhoeffer, “der Mensch fűr andere”, O HOMEM QUE ESTÁ AÍ PARA OS OUTROS.
E, em terceiro lugar, o inimigo nosso e de toda a humanidade é aquele que inspira tudo isso, o próprio, que na Bíblia é apresentado como um ex-anjo do mais alto escalão, que ao invés de ser grato ao seu Criador e cumprir sua missão, deu lugar à cobiça, e quis tomar o lugar de Deus! Maldade profunda no caráter, digna do veredito capital – imagine um céu com um cara desses circulando por aí!
O PREÇO FOI MUITÍSSIMO ALTO! E foi pago com juros e com as correções sanguinolentas mais inimagináveis!
Mas neste fim de semana também lembramos do brasileiro que cansou do sofrimento dos brasileiros do Brasil-colônia e foi às últimas consequências, pagando com a própria vida!
Será que valeu?
Melhor: estamos nós conscientes do preço que foi pago por Tiradentes e por tantos outros, que acreditavam (ou ainda acreditam) na dignidade de todos os humanos, inclusive de todos os brasileiros?
Como no caso de nosso Senhor e Messias, a melhor forma de mostrar que entendemos seu sacrifício, e o sacrifício daqueles que lutaram pelos nossos direitos, pela nossa liberdade, é que nossa vida seja um reflexo daquelas atitudes altruístas, de sensibilidade e de cuidado do próximo.
E não o exemplo dos aproveitadores, mercenários da pátria, que aprenderam e por exemplo ensinando a explorar o próximo – será que a gente não vê isso?
O preço pago foi alto – e continua sendo alto para todo aquele que conhece a verdade, a liberdade, a humanidade.
Perguntando a uma pessoa viciada por que ela não foge daquilo que causa esse vício que a consome, a resposta dela é: – Isso (o vício) é minha vida, isto é, ela foi enganada a pensar que está obrigada a fazer o mal a si mesma, a se autodestruir!
Mas já foi pago o preço do resgate, da libertação! O poder deste mal maior já foi desmascarado e imobilizado. Como alguém disse, – Nosso inimigo é um leão sem dentes! É, pois, hora de cada um de nós de nos conscientizarmos, de nos unirmos, e de darmos a mão àquele que está se afundando, ou que está perdido, sem esperança.
LIBERTAS QUAE SERA TAMEN – sim, liberdade ainda que tardia para todos, sobretudo ao que está aí ‘sem eira nem beira’!
Rev. Rudi Kruger – Diretor Faculdade Uriel de Almeida Leitão
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