Campanha continua com expectativa de atingir a meta de 80% de imunização
CARATINGA – A campanha de vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV) teve início no dia 2 de março em todas as unidades de atenção primária, clínicas da família e centros municipais de Saúde de todo o país. A imunização contempla, na primeira fase, meninas entre nove e 13 anos, e mulheres com vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) de 14 a 26 anos, mediante apresentação de declaração do médico.
As adolescentes precisam tomar três doses da vacina contra o HPV, sendo a segunda seis meses depois da primeira e a terceira, cinco anos após a primeira.
De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina contra HPV tem eficácia comprovada para proteger meninas que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. Hoje, ela é utilizada como estratégia de saúde pública em 51 países, por meio de programas nacionais de imunização.
Tomar a vacina na adolescência é a primeira de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero. No entanto, ela não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo Papanicolau, anualmente.
CARATINGA
De acordo com o superintendente de Vigilância em Saúde, Erick Gonçalves, a campanha de vacinação contra o HPV já imunizou este ano em Caratinga 700 meninas de 9 a 11, o que corresponde a 38%. A meta é imunizar 80%. A média de vacinação do estado de Minas está em 13,38% e no Brasil, 14,34%.
A Superintendência de Vigilância em Saúde, por meio do setor de imunização, não está realizando a vacinação nas escolas, somente nos postos de saúde da família, dos bairros e distritos. As unidades funcionam de segunda a sexta-feira, das 7h às 11h, e das 13h às 17h. Mas, esta semana, teve início nas escolas a palestra “Roda de Conserva”, para informar o público alvo e tirar as dúvidas sobre a vacina.
Em relação à campanha realizada no ano passado, que tinha como o público alvo meninas de 11 a 13 anos, 56,74% das meninas tomaram a segunda dose da vacina na cidade. Para Erick, apesar da aceitação considerada satisfatória à campanha, ainda é preciso mais conscientização. “Comparando com a média do Estado e do Brasil, estamos com uma aceitação boa, mas, necessitamos que estas meninas procurem as unidades de saúde da família para se imunizarem. O HPV é um dos principais causadores do câncer de colo de útero, daí a importância desta campanha”.