Ação visa identificar tipo sanguíneo do atirador
CARATINGA – Os soldados do Tiro de Guerra de Caratinga tiveram uma atividade bem diferente das convencionais, obtidas no dia a dia através das instruções. Desta vez não houve ordem unida, hasteamento de bandeira, ou treinamento com armas. O foco central foi voltado para a saúde. Uma parceria firmada entre o UNEC e o TG, permitiu que alunos do curso de Farmácia do Centro Universitário de Caratinga fizessem a coleta de sangue dos atiradores. A ação, realizada na quarta-feira (05) pela manhã, visa identificar o tipo sanguíneo do jovem prestador de serviço militar. O exame também é fundamental para a realização de análises e outras avaliações.
“Atende a uma necessidade que tem o TG de Caratinga, que é de saber o tipo de sangue do atirador. A análise é feita através do Laborapae, laboratório do curso de Farmácia na Apae de Caratinga, onde os estudantes são devidamente supervisionados, e fazem estágios e análises clínicas. Descemos com o material para lá, onde são feitos os exames. É emitida uma carteirinha com os dados colhidos, e também é usado o material para trabalhos acadêmicos, principalmente no setor de epidemiologia. Os dados também são trabalhados na geração de produção científica. Tudo sem nenhum fim lucrativo,” afirma Maria Cristina Alves, professora do curso de Farmácia.
Muitos dos jovens estão realizando a coleta de sangue pela primeira vez, e assim poderão saber a sua tipagem sanguínea. O Subtenente Marco César, Chefe de Instrução do Tiro de Guerra 04-003 de Caratinga, considera a ação de grande relevância. “É importante fazer o exame para que sejam realizadas as devidas avaliações e análises. Todos os anos contamos com o apoio do UNEC, e dos cursos da área de saúde da instituição. Somos parceiros, e isso é fundamental para a atividade. Além da coleta, vamos avaliar o metabolismo e a condição física dos jovens atiradores”, concluiu.
A conhecida rigidez do chefe de instrução, desta vez, não foi o grande temor dos jovens soldados. Mas pelo visto, a agulha também não é. Pelo menos é o que eles garantem.
“Não tenho medo de agulha,” brinca o jovem atirador Alaf Maia. “Poder coletar o sangue e saber o tipo sanguíneo é uma necessidade. Para mim não há dificuldade”, finalizou.
Já o soldado Arthur Moreira preferiu frisar sobre a importância da prestação de serviço militar, onde segundo ele, se obtém um grande aprendizado. “É uma oportunidade única, que nem todo jovem tem. De cada 1000, apenas 100 conseguem servir ao exército. É um grande aprendizado sobre civismo e a ordem nacional, o que nem sempre se aprende no cotidiano. Há relatos de que muitos jovens, que iniciam a prestação de serviço militar, mudam de comportamento, mesmo diante da atividade. Vale muito a pena”
“Essa atividade acontece anualmente e é uma parceria do curso de Farmácia com o TG. Uma prestação de serviço. É importante para os estudantes atuarem junto à comunidade, e traz benefícios no desenvolvimento e na formação do aluno, facilitando na integração. Há uma maior afinidade entre o que se aprende na teoria e na prática.” É o que pensa Denise Fonseca Cortes, que coordena o curso de Farmácia do UNEC, mantido pela FUENC, Fundação Educacional de Caratinga.