Navegando em Águas Profundas
O mundo ainda não esqueceu, ainda está chocado com o submersível Titan que não conseguiu completar sua viagem ao fundo do mar na semana retrasada. O fato é que eles não voltaram.
Isso significa que ainda há muita coisa que não foi possível acertar, descobrir – e infelizmente, pessoas inocentes ou incautas, se tornaram vítimas.
Fiquei pensando sobre o poder, a força da água – o submersível implodiu, por causa do impacto da água de todos os lados, e naquela profundidade!
Parece que quem deu a palavra “Vamos lá, minha gente!” tinha uma fé “extrapolada” – demasiadamente grande, numa “gerigonça” que ainda não tinha sido testada naquela profundidade.
Fé exagerada é ingenuidade; mas, pouca fé é = incredulidade.
A conversa que Jesus teve com seus discípulos naquele 2º domingo foi bem franca – e muito importante. Imagine se um dos seus discípulos começasse a proclamar por aí que ele não tinha ressuscitado? O que teria acontecido?
Ah, bem – teve aqueles que falaram coisa assim: os guardas do túmulo – após ganharem muito dinheiro (propina, hein?) dos líderes religiosos -, que “os discípulos vieram de noite e roubaram o corpo”, o cadáver de Jesus, e “que esses ‘fanáticos’ inventaram essas histórias todas” … Por isso, “a ressurreição não aconteceu, ela foi um produto da fé e imaginação exageradas, das profundas emoções, decepção – feridas dos seus seguidores”.
Com certeza o Senhor sabia de tudo o que estava ou iria acontecer, e cuidou da mente de cada um dos 11, bem como do resto do grupo que tinha ficado fiel.
Fato é que logo depois de sua partida para o seu reino “do outro mundo” acontece aquela erupção de fé naquela salinha chamada de “cenáculo” – quando começaram a falar em outras línguas, e a alegria era tão extravasante que não conseguiram ficar lá dentro. Saíram – isto é, “correram”, “pularam” para a rua, e não conseguiam parar de falar, de contar a quem encontrassem – as maravilhas que tinham visto e ouvido na convivência com Jesus!
O medo tinha ido embora!
Foram revestidos de coragem sobrenatural naquele ambiente tão perigoso e hostil, criado com as mentiras e armadilhas que os líderes tinham disseminado.
Não, o nascimento desse movimento transformador foi real, bem como sua continuidade, com sinais especiais e milagres da mesma forma como o próprio Senhor tinha feito.
Eles, os discípulos – agora, “Enviados” (que é o significado da palavra “apóstolo”!) – quer dizer, eles tinham sido enviados pelo SENHOR dos Céus e da Terra. Não era pouca coisa não. (Mas, também não lhes concedia honra nesse nosso mundo de artistas, atores e atrizes, e superatletas, ou supermodelos – e superpastores, superpadres?)
A mensagem que saía da boca dos Enviados era única, desafiante e provocava a fé, atacando, destruindo a incredulidade.
Como Jesus disse às duas irmãs que choravam a morte de seu irmão Lázaro, morto já há 4 dias:
– Se vocês tiverem fé, verão a glória de Deus!
E, virando-se para o túmulo com odores da morte, disse:
– Lázaro, sai para fora!
E lá veio o ex-defunto ainda embrulhado nos panos funerários…
Essa é a história da vida verdadeira.
Esses são os heróis da fé.
Ali tinha acabado a incredulidade…
Rev. Rudi Augusto Krüger – Diretor, Faculdade Uriel de Almeida Leitão; Coordenador, Capelanias da Rede de Ensino Doctum – UniDoctum
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