DA REDAÇÃO – Desde julho do ano passado, a crise que assola o Hospital São Sebastião vem sendo noticiada pelos órgãos de imprensa da região. Na noite desta segunda-feira (9), uma reunião, realizada na Câmara Municipal de Inhapim, abordou o assunto.
Recentemente, duas funcionárias foram demitidas e os demais profissionais do hospital que seguem trabalhando andam receosos e temem novas demissões. Durante a reunião, chegou até ser cogitada a destituição da atual diretoria do Hospital São Sebastião.
BLOCO CIRÚRGICO INTERDITADO
A crise se agravou em julho de 2014, quando houve a interdição do bloco cirúrgico do Hospital São Sebastião. A ação foi feita Gerência Regional de Saúde de Coronel Fabriciano. A Regional identificou algumas deficiências na estrutura da unidade de saúde e que poderiam comprometer os atendimentos. Ainda conforme a GRS, além de deficiências na estrutura, também foram encontradas irregularidades em equipamentos e recursos humanos, sendo constatada a realização de procedimentos cirúrgicos sem a presença de anestesista e pediatra, bem como de equipe mínima, o que se considera um fator de alto risco.
A notificação da unidade de saúde foi feita no dia 18 de julho de 2014, quando foi entregue o relatório de uma inspeção realizada no dia 22 de maio.
Na ocasião, a diretora do hospital, Cheila Regina Vargas Costa Souza, disse que a população não seria prejudicada e alegou que o bloco cirúrgico já não atendia satisfatoriamente aos pacientes, em termos de espaço físico. A principal inadequação seria relacionada à infraestrutura. “Por exemplo, o tamanho das salas. A nossa demanda aumentou muito, a gente formalizou contrato com outras prefeituras. Então por conta deste aumento de demanda, o bloco ficou aquém do que deveria estar para atender a população. Por conta disso, ela nos orientou a fazer uma reforma estrutural no bloco e na central de esterilização também, porque ela é pequena e não atende a demanda. Para trazer mais segurança para equipe que trabalha e para os pacientes também chegou o momento de parar e reestruturar”, disse a diretora em entrevista publicada pelo DIÁRIO no dia 24 de julho de 2014.
Ontem, a reportagem entrou em contato com a direção do Hospital e foi informada que o bloco cirúrgico continua interditado. O motivo é que o projeto ainda está em Belo Horizonte aguardando sua aprovação.