Reitor da Unec abre ciclo de palestras falando sobre Ética na Educação
CARATINGA – O projeto, criado há 15 anos pela professora Geralda da Rocha Pena, é coordenado pelo Instituto Superior de Educação do entro Universitário de Caratinga. “Seu principal objetivo é o de propiciar aos graduandos dos cursos de Licenciatura e Pedagogia, assim como aos professores que atuam no ensino fundamental a oportunidade de discussão da eficácia dos processos atualmente utilizados em sala de aula, de reforçar conceitos que não podem ser esquecidos e, ainda, de desenvolverem alternativas capazes de gerar, cada vez mais, valor ao binômio ensino-aprendizagem”, registra a diretora do Instituto, Celeste Aparecida Dias.
A 13ª edição do projeto contou com a presença de grande número de alunos e professores das redes públicas e privadas da região de Caratinga, além de autoridades como a professora Ladislene Gomes Ferreira – superintendente regional de ensino da 6ª SRE; professora Maria Aparecida Pereira Silveira – superintendente da Rede Municipal de Ensino; professores Celeste Aparecida Dias e Eugênio Maria Gomes, respectivamente diretora do Instituto de Educação e pró-reitor de Administração da Unec, além do professor Antônio Fonseca da Silva, reitor do UNEC e palestrante do evento.
Com o tema “Ética e Educação” – cuja produção de textos ainda é pequena se comparada à demanda dos professores -, professor Antônio abriu o ciclo de palestras do “XIII Repensando a Prática e Oferecendo Alternativas 2016”.
“Moral é eminentemente prática, voltada para a ação concreta e real, para a aplicação de normas morais consideradas válidas por todos os membros de um determinado grupo social. Ética é essencialmente especulativa, não se devendo dela exigir um receituário quanto a formas de viver com sucesso, tem viés abstrato”, destacou o palestrante, citando Pierre Reverdy: “A ética é a estética de dentro”, chamando a atenção, também, para uma definição que assusta a maioria das pessoas, ao afirmar que “emprega-se em geral a palavra ética para referir-se a normas de conduta, normatização esta também objeto da moral. Porém, a palavra moral “assusta”, tem uma conotação autoritária, “moralista”, e é de bom tom evitá-la”, aconselhou.
Afirmando que “falta reflexão educacional em torno do tema ética”, o palestrante lançou um questionamento: “Se falta reflexão, então como modificar esta sociedade e qual o papel da educação neste processo? Por que o tema não tem o destaque merecido?” Em seguida, ele apresentou algumas hipóteses desse processo. “A criação de propostas pedagógicas não é de competência da escola porque não cabe à escola a formação moral e ética dos alunos. Alguns estudos sinalizam que o tema é pouco destacado na escola devido ao temor em relação tema moral associado a coação, autoritarismo, moralismo. E falar de ética nada muda pois, este conceito é empregado para se referir a deveres, ou seja, à limitação da liberdade de ação”.
Para o palestrante, “embora a produção de textos sobre ética e educação tenha aumentado nos últimos anos, ela ainda é pequena, pelo menos não equivalente à preocupação atual e à demanda dos professores”.
O projeto terá a duração de sete meses, com encontros mensais e abordará os mais diversos temas voltados às melhores práticas com vistas ao aperfeiçoamento do processo educacional. O próximo encontro acontecerá dia 29 de abril, quando o professor Eugênio Maria Gomes abordará o tema “Inovação na Sala de Aula”. As inscrições podem ser feitas na unidade I da Unec. As vagas são limitadas e os interessados pagarão o preço subsidiado de R$ 60,00 para participar de todos os encontros.