Três maiores foram presos e dois menores acautelados pelo envolvimento com roubo de joias
CARATINGA – As polícias Civil e Militar deflagraram a segunda fase da operação “Medalha de Ouro”. A ação teve como objetivo prender autores de roubo ocorridos em Caratinga.
O delegado regional Ivan Sales explicou que a operação decorreu em razão dos vários roubos que estavam ocorrendo em Caratinga, especialmente de joias. “Naquela oportunidade, a gente cumpriu vários mandados de busca e apreensão, conduzimos várias pessoas para a delegacia, justamente para reunir elementos de informações que nos dessem possibilidade de apurar esses roubos. As investigações confirmaram a tese de que a Polícia Civil tinha, corroborada com os relatórios que a Polícia Militar nos encaminha”, disse o delegado.
Ainda de acordo com Ivan Sales, esses roubos, quase sempre à joalherias, ou pessoas que tinham joias, aconteciam porque se formou uma organização criminosa em que duas pessoas, além de executar o roubo, “montaram uma organização em que eles cooptavam indivíduos para roubar joias que já estavam direcionadas a uma determinada pessoa que comprava”.
“Após a gente identificar essa situação, durante essas duas semanas que antecederam, a Polícia Civil e a Polícia Militar em operação conjunta, conseguiu efetuar a prisão de três maiores que praticavam esses roubos, cooptados por esses dois chefes da organização e mais dois adolescentes que também praticavam esses atos infracionais análogos a roubo. Penso que ainda teremos uma terceira fase dessa operação para prender mais pessoas, especialmente essas que a gente reputa serem os chefes da organização, inclusive, um deles logo após a nossa operação empreendeu fuga para os Estados Unidos, mas não conseguiu entrar, então está para ser deportado e o que a gente pretende é rapidamente pedir a prisão dele, comunicar à Interpol para que dê cumprimento lá, ou na pior das hipóteses quando ele retornar ao Brasil deportado, já ter uma mandado de prisão contra ele para ser cumprido”, explicou Ivan Sales.
Dois roubos foram apurados de acordo com o delegado regional, sendo um aos dois seminaristas na avenida Dário Grossi e o latrocínio tentado contra o motociclista no bairro Santo Antônio. “Esse latrocínio tentado, na verdade, eles foram praticar um roubo, só que naquela ocasião a vítima não se encontrava, ou o ambiente não ficou favorável para roubar a joia, então no retorno resolveram roubar mais uma moto e aí a vítima tentou fugir, e eles efetuaram o disparo. Então esse latrocínio tentado, um crime repugnante, um crime grave, está apurado, com os autores presos e sendo encaminhados ao poder judiciário. Essa fase então é para anunciar a prisão de mais três pessoas que estavam praticando roubos e a apreensão de dois adolescentes, que foram acautelados em Belo Horizonte. A sociedade vai perceber que esses roubos a joalheria, após a nossa operação diminuíram substancialmente, então mostra que a gente estava na linha correta. E agora a pretensão é prender essas pessoas que comandam a organização”, concluiu o delegado.
NOMES DOS AUTORES
Sobre o fato do nome dos autores não serem revelados, o delegado Ivan Sales disse que percebeu que as pessoas ficam clamando pelos nomes. “Isso não é uma questão nem da polícia, nem da imprensa, é uma questão de legislação, a lei de abuso de autoridade nos impede de falar o nome, óbvio, que eu e o comandante, a gente queria aqui colocar a foto, estar com eles aqui para mostrar o trabalho da polícia, mas infelizmente se a polícia faz isso, se a imprensa faz isso, nós passaremos a ser investigados por crime. É uma inversão de papel mas a lei tem que ser cumprida por nós que somos pessoas de bem”, afirmou o delegado.
POLÍCIA MILITAR
O tenente-coronel André Pedrosa ressaltou o trabalho em conjunto da Polícia Militar, Civil, poder judiciário e ministério público. “É importante que a comunidade saiba que o nosso sistema de segurança, o sistema de justiça criminal está atento, se adequando às modalidades criminosas que surgem, então a comunidade pode ficar tranquila. Com relação às prisões que foram feitas nessa segunda fase, é importante frisar a questão da ação harmônica entre as polícias, que conseguiu de maneira muito rápida os mandados e o acautelamento dos menores e de imediato nós lançamos nossa equipes focadas nesses alvos. Seriam cinco alvos, dois menores e três maiores, alguns com maior dificuldade onde houve necessidade de lançarmos nossa equipes em horários diferenciados, a fim de prendê-los, inclusive com monitoramento de alvo, que estava fora do estado, conforme foi a última prisão ocorrida na noite dessa quinta-feira (9), o executor do latrocínio tentado”, ressaltou o comandante do 62º Batalhão de Polícia Militar.
Na parte preventiva, o comandante disse que a PM vai se adequando, tendo um foco voltado para joias. “Elaboramos um plano de ação, na região central há um lançamento diferenciado, temos todo um plano de ação para fazer frente a isso. Equipes focadas e especializadas na prevenção desse crime, criamos uma rede de proteção com esse joalheiros, além do foco em motocicletas em situação suspeita”, concluiu André Pedrosa.