INHAPIM – A 288° Companhia de Polícia Militar de Inhapim agiu rapidamente e conseguiu evitar uma nova invasão das terras do patronato, situadas às margens da BR-116, em Inhapim.
HISTÓRICO
A primeira invasão das terras, consideradas improdutivas pelo Movimento dos Sem-Teto de Inhapim (MSTI), aconteceu em setembro de 2013. A direção do Patronato pediu em outras ocasiões a reintegração do terreno, mas tive os pedidos negados.
No dia 6 de julho de 2014, o líder do MSTI, Rondinele Marcelino Dias, de 33 anos foi assassinado. O crime aconteceu no Córrego Boa Fé, zona rural de Inhapim, e foi cometido por um homem que fingiu estar interessado em um lote no terreno invadido. A Polícia ainda investiga a autoria e motivação deste assassinato. Já em outubro de 2014, outra página triste para o grupo. O juiz da vara agrária de Minas Gerais, Otávio Almeida Neves, determinou a desocupação da área. Eram 6h, quando todas as casas foram destruídas e as famílias retiradas do local. 36 pessoas, entre adultos e crianças, ficaram sem lar.
AÇÃO DA PM
Temendo as consequências de uma nova invasão, diante dos boatos que se intensificavam na cidade dando conta de uma segunda invasão para a semana passada, a PM levantou dados e montou um esquema para evitar que isso acontecesse.
De acordo com comandante da 288° Companhia de Polícia Militar de Inhapim, Ronaldo Sanglard, a partir de denúncias anônimas, os militares buscaram apurar a possível invasão. “Realmente recebemos a informação de que poderia ocorrer uma nova invasão naquele terreno, que já havia sido invadido uma primeira vez e acabou sendo muito traumático para a região, tendo até um homicídio. Ao tomarmos conhecimento de que isso poderia ocorrer através de informação, que citava alguns nomes de pessoas que foram envolvidas na invasão passada, imediatamente tomei medidas de fazer contato com elas, que negaram sua participação”.
Medidas também foram tomadas no local para que ninguém se aproximasse e iniciasse um tumulto em outra data, de modo a despistar a polícia. O comandante ainda destaca que a PM irá repreender qualquer início do movimento no local. “A Companhia adotou uma medida de antecipar essa invasão para que não ocorresse, até com efetivo policial aguardando, para que se alguém chegasse lá, já fosse dizimada e não viesse aquele trauma da invasão passada. E se chegar alguma informação novamente vamos tomar a mesma medida. Além disso, a gente deixa bem claro que há pessoas já avisadas de que se alguém iniciar uma aglomeração no local vai ser imediatamente retirado, dentro do que a lei prevê, até com prisão”.