Moradores pedem construção de muro em travessa no Limoeiro. No lugar já houve acidente com vítima fatal
CARATINGA – Há quase dez anos, moradores da Travessa Jaider Matias, que fica atrás do terminal rodoviário Carlos Alberto de Matos, no Bairro Limoeiro, não têm mais sossego, já que uma tela que protegia um barranco, com aproximadamente vinte metros de altura, cedeu. A preocupação dos moradores é em virtude do perigo que o lugar apresenta, pois ali já aconteceu um acidente e uma criança morreu.
A reportagem esteve na tarde ontem no local, quando a senhora Umbelina Rosa Gomes de 80 anos, chegava a sua residência passando bem no canto por medo de escorregar ou passar mal e cair do barranco. As reclamações são antigas e até o momento nada foi feito. A senhora Umbelina mora há 12 anos na Travessa e contou que na época em que se mudou para o local, havia uma tela, “mas três anos depois alguns pés de abacate cresceram e derrubaram a proteção”.
A tela de proteção havia sido colocada depois que uma criança desceu pela travessa usando um velotrol, caiu do barranco e morreu. “Na época de campanha, os políticos vêm aqui e promete arrumar, mas depois somem e não fazem nada por nós”, reclama a moradora.
Os próprios moradores colocaram cimento no chão, pois o local não é asfaltado e até alguns pneus na beirada do barranco para ter um pouco de proteção, o que não resolve totalmente, pois toda vez que chove a terra fica fofa e acaba descendo.
A senhora Umbelina teme mais pela segurança dos dois netos, de seis e dez anos respectivamente. “Agora mesmo, tive que sair de casa, passei a chave no portão, tenho muito medo de acontecer uma tragédia, quando as crianças passam aqui meu coração até dói”.
Na travessa não é possível a passagem de veículos, o que dificulta ainda mais quando uma pessoa passa mal e precisa ser levada ao hospital.
A Prefeitura de Caratinga comunicou em nota que a Travessa Jaider Matias já está no cronograma da Secretaria de Obras. “A equipe já solicitou o material para iniciar os trabalhos, mas em virtude da greve dos caminhoneiros, as entregas estão atrasadas”.