CARATINGA – Os comerciantes de Caratinga devem ficar atentos para não cair em um novo golpe: Um estelionatário liga para empresários, se faz passar por agente da Polícia Civil, oferece algum produto com preço abaixo do praticado e fornece o número de uma conta bancária. Somente ontem três casos foram registrados. O golpista fez contato com empresários dos ramos de madeira, carne e bebida.
O alerta foi feito pelo inspetor Whesley Adriano. “Ele (golpista) diz que é policial civil e fala que surgiu uma carga e que está querendo vendê-la. Depois fala que vai dar o número de uma conta bancária e que esta conta é de uma policial civil”, relatou o inspetor.
Whesley Adriano tomou conhecimento do fato após ser informado por um empresário do setor madeireiro, que desconfiou da situação e ligou para a Delegacia de Polícia Civil. Porém o inspetor alertou que se tratava de um golpe, mas orientou que no próximo contato, procurasse saber mais detalhes e também dissesse que queria ver a carga. “Então o golpista disse que não precisava se preocupar, pois ele é policial civil e a carga teria procedência”, contou Whesley Adriano, acrescentando que avisou ao empresário para que não atendesse mais este golpista.
Após orientar o comerciante do setor madeireiro e saber o número de telefone usado pelo golpista, um empresário do ramo de carne foi até a delegacia e disse que recebeu uma ligação telefônica onde um homem dizia que era da PC e que tinha apreendido seis cabeças de gado. O estelionatário ofereceu cinco cabeças de gado para o empresário e ainda disse que não venderia uma delas e que ela seria para um churrasco. “Novamente alertei que se tratava de um golpe. Este comerciante me passou o número do telefone, sendo o mesmo já fornecido pelo outro empresário, e a conta bancária, sendo está de um banco na cidade de Betim”.
Logo em seguida, um empresário do ramo de bebidas ligou para o inspetor Whesley e contou que foi lhe oferecida uma carga de cerveja com preço bem abaixo do mercado.
“Três pessoas quase foram lesadas porque alguém se passou por um policial civil. Mas o nosso receio é que alguém tenha caído nesse golpe. Por isso estamos colocando esse fato na imprensa para que as pessoas saibam o que está acontecendo e não caíam nesse golpe”, ponderou o inspetor.
Ao final da entrevista, inspetor Whesley foi enfático ao dizer: “Nenhum policial civil está autorizado a vender qualquer tipo de carga. Isso é uma fraude. É alguém que está usando o nome da instituição para enganar as pessoas. Caso algum empresário tenha receba ligação desta pessoa, que entre em contato com a Polícia Civil, pois estamos investigando esse caso”.