Projeto cultural visita cidades da região, dentre elas Dom Cavati, Inhapim e São João do Oriente
DA REDAÇÃO – Tem início na manhã de hoje, na cidade do Bugre e termina amanhã, a Maratona de Circulação do projeto Cartas de Amor: Circulação, com O grupo Teatral Entreactos. As apresentações serão realizadas nas praças principais das cidades beneficiadas com o projeto que é apoiado pelo FEC (Fundo Estadual de Cultura de Minas Gerais).
ROTEIRO
Na manhã de hoje, o espetáculo será apresentado na cidade de Bugre e depois parte para Iapu, com previsão de apresentações nos horários de 09h e 11h; já na parte da tarde, as apresentações acontecem em Sobrália às 16h30 e às 18h na cidade de São João do Oriente. Na manhã de domingo (11) a apresentação será na praça central da cidade de Dom Cavati e as 10h30 finaliza a maratona na cidade de Inhapim. Sempre precedido de uma conversa-palestra com o público, sobre a relação do homem com a comunicação através de cartas.
O PROJETo
O projeto já circulou nas cidades de Periquito e Naque e depois da maratona, seguirá para Jaguaraçu e Marliéria. O espetáculo, estreado em 2014, foi inspirado nas cartas de amor produzidas pelos alunos das escolas estaduais Nilza Luzia de Souza Butta e Manoela Soares Bicalho, ambas de Ipatinga, passou por uma reformulação para se adaptar a estrutura de espaços alternativos e, principalmente, a rua.
As apresentações acontecem nas praças destas cidades, tendo sempre uma conversa-palestra sobre o processo de construção e o que as pessoas pensam do ato de escrever cartas. Após a conversa, o elenco formado por Marli Cruz, Mel Castro, Wanderley Barros e Adilson Mariano, encenam os encontros e desencontros amores narrados pelas cartas de três personagens, Dinorá, Hilda e Juarez, tendo como cúmplices Rodolfo.
PROPOSTA
Na nova proposta de encenação, o diretor e produtor Adilson Mariano dividiu o espetáculo em três atos que simbolizam três cores: o amarelo sol da juventude dos personagens; o azul acinzentado da sobriedade adulta e o negro das relações forjadas na ilusão de amores idealizados. “A primeira parte é alegre, divertida envolvendo a plateia com canções animadas que remontam ao período jovial de qualquer pessoa, enquanto os personagens vão amadurecendo e transformando o amor idealizado em ações do cotidiano o espetáculo vai tomando cores mais sisudas, porém, ao final retorna para as cores alegres de um novo recomeço ou de uma nova loucura provocada por amor”, explica o diretor.
A atriz Marli Cruz diz que espera se deparar com pessoas ávidas para encontrar o amor, “pois a peça trata daqueles que amam demais e quem sabe possa inspirar a plateia a se jogar no amor”. Outra atriz do elenco Melissa Castro, se diz encantada em ir para a rua e confessa que lhe dá certo ‘medinho’ pois a rua é o lugar da insegurança, “não existe uma cortina, rotunda ou coxia que possa lhe proteger, é o mesmo que se jogar de braços abertos para uma plateia”. No que diz sobre sua personagem, ela a defende, pois o amor para a Hilda deve ser vivido e experimentado, porém, Hilda conhece os seus limites e não o ultrapassa enquanto que Dinorá, personagem de Marli Cruz, vai muito além da razão.
Já Wanderley Barros fica emocionado com ideia de levar para as ruas uma história que ao mesmo tempo é alegre, em determinado momento se transforma em uma tragédia. Para Adilson Mariano, que também atua como ator, é algo mágico. “A incerteza deste território faz com que o artista fique muito mais alerta e que a única coisa que o defende, protege é a arte”.