João Batista é acusado de maus-tratos contra animais. Fato aconteceu em janeiro, na zona rural de Inhapim
CARATINGA – Na noite deste domingo (18), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu João Batista Alves, 41 anos. Ele era considerado foragido da justiça e acusado de participar de um grupo de pessoas que maltratou dois cães em janeiro de 2018 na zona rural de Inhapim. O caso tomou repercussão nacional após um vídeo ser muito compartilhado nas redes socais. O indivíduo foi preso durante uma blitz. Segundo a PRF, foi constatado que João Batista pilotava uma motocicleta e que tinha ingerido bebida alcoólica.
A PRISÃO
O inspetor da PRF, Luiz Tarcízio, disse que estava sendo feita uma fiscalização de rotina em frente ao posto da Polícia Rodoviária Federal, em Caratinga, e João Batista foi um dos condutores abordados. “Demos sinal para ele parar, mas tentou evadir da fiscalização, mesmo assim conseguimos conter sua tentativa de fuga e percebemos que ele havia ingerido bebida alcoólica. Ele foi conduzido até o posto da PRF e concordou em fazer o teste do etilômetro. O teste deu positivo, caracterizando que tinha bebido. Assim ele acabou confessando que tomou cerveja e pinga num bar nas proximidades do posto da PRF”, disse o inspetor.
Ainda no posto da PRF, João Batista contou que era um dos envolvidos no caso de maus-tratos contra animais ocorrido na zona rural de Inhapim em janeiro deste ano. João Batista foi levado para Delegacia de Polícia Civil, onde foi constatado que havia um mandado de prisão preventiva em aberto contra ele. Quando João Batista foi informado que seria preso, ele ficou exaltado sendo necessário algemá-lo.
VERSÃO DO SUSPEITO
João Batista conversou com a imprensa e disse que não sabia que esse tipo de ação contra animais é crime. Mas incialmente ele falou sobre a abordagem feita pela PRF. “Estava vindo de boa, de moto. Mandou eu encostar, eu encostei”, disse João, negando que tenha tentado fugir.
Sobre os maus-tratos contra os dois cães, ele disse que jamais esperava que isso acontecesse. “Já rodei o mundo e nunca fui de fazer coisa errada. Sou de família humilde”, pontuou. A respeito do que houve, João Batista confirmou sua participação e que levou a mão ao cachorro para segurá-lo. “Na hora a gente estava tomando um golinho na verdade. Mas infelizmente não sabia que aquilo era um crime, pois se tivesse conhecimento, não teria nem chegado perto do cachorro para levar a mão nele. Claro que estou arrependido, vivo correndo e ficava escondido. Não tem sido fácil. Agora espero que tenha sido uma lição para todo mundo”, comentou João Batista.
Ele voltou a dizer que não sabia que esse tipo de situação era crime e fez uma comparação para ilustrar o seu raciocínio. “Quando eu era criança via o pessoal castrando porco na minha frente e não imaginava que isso seria crime. Estou arrependido e peço desculpas, vou pagar pelo o que fiz. Assumo que errei, mas sem consciência do que estava fazendo. Nunca tive uma algema no braço e hoje (ontem) isso foi acontecer comigo”, finalizou João Batista.